FGM devolve à cidade mais seis monumentos restaurados
A Fundação Gregório de Mattos devolve à população de Salvador mais seis monumentos totalmente restaurados, após trabalho cauteloso sob a responsabilidade do restaurador Gianmario Finadri.
São eles:
Os Bustos em bronze homenageando Nelson Mandela, primeiro Presidente da África do Sul eleito democraticamente e que dedicou toda sua vida à busca da Paz Mundial, numa luta contra o Apartheid. A escultura está localizada no Largo da Liberdade; Busto de Catulo da Paixão Cearense, na Praça dos trovadores – Fazenda Grande do Retiro.
Músico, poeta, teatrólogo, compositor e cantor, nasceu em 8 de outubro de 1863, em São Luís (Maranhão), Em 1880, mudou-se para o Rio de Janeiro, aos 12 anos, com a família. Aos 19 anos interrompeu os estudos e dedicou-se ao violão. Iniciante tocador de flauta, a trocou pelo violão, pois assim, podia cantar suas modinhas. Nesse tempo passou a escrever e cantar as modinhas como, “Talento e Formosura”, “Canção do Africano” e “Invocação a uma estrela”. Em 1908, deu uma audição no Conservatório de Música.
Moralizou o violão levando-o aos salões mais nobres da capital. Conheceu vários chorões da época, como Anacleto de Medeiros e Viriato Figueira da Silva, quando se iniciou na música. Associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de modinhas da época. Passou a organizar coletâneas, entre elas O cantor fluminense e O cancioneiro popular, além de obras próprias; Busto de Heitor Dias, na Avenida Heitor Dias. Político, advogado e professor, Heitor Dias nasceu em 28 de maio de 1912, em Santo Amaro (Bahia), filho de Sebastião Dias Pereira e Alzira Lima Dias Pereira.
Fez os estudos secundários no Ginásio da Bahia e graduou-se pela Faculdade de Direito da Universidade da Bahia. Durante sua vida exerceu diversos cargos públicos: foi Presidente da Câmara Municipal de Salvador; Secretário da Justiça; Fundador e Diretor do Ginásio Municipal de Ilhéus; Secretário do Instituto do Cacau de Salvador; Diretor da Imprensa Oficial e Funcionário da Caixa Econômica Federal. Como político exerceu diversos mandatos: Vereador (1955-1959); Prefeito (1959-1963); Deputado Federal por dois mandatos (1963-1967-1971); Senador (1971-1978); Busto do Major Cosme de Farias, jornalista, poeta, funcionário público, político e rábula, Cosme de Farias. Nasceu em 2 de abril de 1875, na freguesia de Paripe, em Salvador. Fez apenas o curso primário.
Atuou como jornalista em vários jornais impressos de Salvador, entre 1894 e 1972. Começou como repórter do Jornal de Notícias. Foi também funcionário e colaborador Diário de Notícias, Diário da Bahia, Gazeta do Povo, A Bahia, Diário da Tarde, A Hora, O Jornal, A Noite, O Democrata, A Tarde e O Imparcial . Como político foi deputado estadual e vereador várias vezes. Durante mais de 70 anos foi advogado provisionado, sempre na defesa dos desamparados, jamais aceitando causa para acusar. Fundou e dirigiu, durante décadas, a Liga Baiana Contra o Analfabetismo, imprimindo e distribuindo milhares de cartilhas de ABC. Faleceu em 15 de março de 1972. A escultura fica na Praça Cosme de Farias.
Restaurados também, o Chafariz de Lord Cochrane, monumento todo em mármore de Carrara, situado na Praça Lord Cochrane – Avenida Anita Garibaldi, em homenagem a Thomas Alexander Cochrane, oficial da Marinha Inglesa, contratado para comandar a Armada Imperial brasileira.
No Brasil, oficialmente, é um herói nacional, sendo escolhido para comandar os barcos de guerra brasileiros na luta pela Independência. Em abril de 1823, Lord Cochrane deixa o porto do Rio de Janeiro no comando de 6 navios, bloqueia o porto de Salvador e entra na Bahia de Todos os Santos apenas uma vez, à noite. Com os navios às escuras, se aproxima dos barcos dos portugueses ancorados no Unhão e começa a abalroar os navios. Surpreendidos e sem ver de onde vem o ataque, os portugueses tentam fugir, mas apenas conseguem danificar mais seus barcos, atestando a sua audácia e capacidade estratégica.
O Chafariz é uma peça histórica, dividindo-se em uma bacia superior e outra inferior, ornada com figuras de lobos e máscaras. Figurava na Praça Castro Alves no século XIX, na época encimado pela estátua de Colombo, encontrada atualmente no Rio Vermelho e o Marco de Fundação da Cidade, coluna esculpida em pedra de lioz potuguesa está encimada por bloco com o escudo de Portugal. O painel de azulejos que retrata a chegada do governador Thomé de Souza ao Porto da Barra foi confeccionada pelo ceramista português Eduardo Gomes, em 2003, reproduzindo o desenho original do pintor português Joaquim Rebucho, datado de 1949, no Porto da Barra.
Todos já foram entregues com placas de identificação e QR Code, como parte do projeto #Reconectar de dezembro.