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Governo do Estado anuncia apoio à Festa da Boa Morte, em Cachoeira

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O Governo do Estado da Bahia anuncia apoio à Festa da Boa Morte que acontece anualmente na primeira quinzena de agosto em Cachoeira, no Recôncavo baiano.

O diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), João Carlos de Oliveira, esteve em reunião ontem (11), na sede do órgão, em Salvador, com o administrador do Centro Cultural da Boa Morte e organizador da festividade há 22 anos, Valmir Pereira. A Irmandade tem suas origens no século XVIII, em Salvador.

“A Festa da Boa Morte é um Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010. Além da relevância mística e cultural, é uma manifestação que estimula o turismo e o diálogo internacional na região do Recôncavo, com visitas anuais de centenas de pesquisadores e turistas de todo o mundo”, explica João Carlos. Segundo ele, um convênio está sendo assinado entre IPAC e a ONG Preservar, representada pelo museólogo e gestor cultural, Jomar Lima, já que a Irmandade da Boa Morte está com seus documentos em situação irregular.

ENTIDADE AUTOSSUSTENTÁVEL – “O encontro foi muito positivo e produtivo. Viemos também para agradecer ao IPAC, que sempre esteve do nosso lado na Festa da Boa Morte. Após essa parceria com o IPAC a festa ganhou proporções bem maiores”, afirmou Valmir Pereira no encontro. Ele informa que além de ter registrado a festa como Bem Intangível em 2010, o IPAC lançou livro bilíngue sobre a manifestação. “Faz parte do papel do instituto disseminar o conhecimento especializado produzido por nossos técnicos”, completa João Carlos. “O IPAC também fez o Memorial da Boa Morte, projeto executado via Edital de Museus”, diz Pereira.

O representante da Irmandade destacou ainda a necessidade da entidade dispor de recursos próprios. “Na reunião buscamos também formas da Boa Morte se tornar autossustentável; a ideia é realizarmos oficinas, palestras, vendas de livros, comercializar objetos referentes à festividade e o IPAC pode nos auxiliar coma sua expertise”, destacou Valmir. Outra possibilidade, seria obter direitos autorais sobre as milhares de imagens com as irmãs, irmandade e festa produzidas anualmente por pessoas de todo o mundo para publicações e documentários, dentre outros produtos.

BAHIATURSA – Para o superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado, preservar a Boa Morte é fundamental. “É um evento do calendário baiano que propaga a nossa cultura secular, além de ser relevante momento para o turismo étnico. O Governo do Estado sabe da importância e estará presente em mais um ano da festa”, disse Medrado. Pagamentos à Irmandade da Boa Morte relativos ao ano passado (2016) também serão feitos até terça-feira (18). “A Boa Morte mantém sua essência mais viva do que nunca. A religiosidade das irmãs, aliada à sensação de pertencimento, são elementos importantes”, lembra o representante da Irmandade. Responsável por vários itens da festa ele tem confiança na continuidade. “A nossa crença e fé nos faz acreditar”, finaliza Valmir.

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