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Governo do Estado da Bahia promove debate sobre política e gestão culturais

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Culturas temos muitas. O desafio do momento é organizar a gestão cultural. Esta constatação orientou os debates do IV Encontro de Política e Gestão Culturais, realizado terça-feira (25) e quarta-feira (26) em Feira de Santana, principal município do Portal do Sertão.

O Encontro teve programação enxuta e público muito qualificado, que compartilhou experiências exitosas com os gestores do Poder Público, e formulou encaminhamentos para melhorar a Gestão da Cultura, sintetizados na Carta de Feira de Santana.  Os trabalhos foram abertos na manhã do dia 25 com o Secretário de Cultura Jorge Portugal e a palestrante convidada, professora Cláudia Leitão, que falou sobre os futuros rumos da cultura no Brasil e na Bahia.  “É preciso resistir ao desmonte da cultura”, disse a professora e antropóloga, em relação ao atual cenário nacional de retrocesso dos direitos conquistados.

Destaque do IV EPGC foi a discussão em torno de dois importantes programas do atual governo: o Municípios Culturais, apresentado pela Secretaria de Cultura da Bahia às autoridades municipais presentes no Encontro, e o Escolas Culturais, cujo lançamento aconteceu quinta-feira, dia 27, no município de Itabuna, com a presença do Governador Rui Costa e outras autoridades.

O Programa Municípios Culturais tem a adesão de 279 prefeituras baianas. Seu lançamento oficial pelo Governador Rui Costa será anunciado em breve, porém, devido ao interesse dos gestores municipais, a SecultBA explanou as diretrizes do Programa e tirou dúvidas dos participantes. O superintendente de Desenvolvimento Territorial da Cultura, Sandro Magalhães, explicou por que os municípios precisam participar desta ação: “O programa viabiliza a organização e criação de órgãos e leis fundamentais para a organização e desenvolvimento da cultura”, disse.

O professor João Rocha, autor do livro ‘Uma história do exercício da cidadania no Brasil’, criticou a exclusão que, segundo ele, as elites impõem ao povo para manter seus benefícios. “É preciso resistir para defender nossos direitos”, disse, com entusiasmo. Letícia Lima, diretora de Cultura de Gentio do Ouro, lamentou não ter “nada de cultura” na cidade, e quis saber como fazer para melhorar a situação, pois gostaria de mudar esta realidade que a entristece.

Da agenda de trabalho, se destacaram, ainda, as apresentações dos dirigentes da SecultBA e suas vinculadas e as reuniões de seis fóruns da sociedade civil constituídos nas edições anteriores do Encontro: IX Fórum de Dirigentes Municipais de Cultura, IV Fórum de Conselhos Municipais de Cultura, o IV Fórum de Legisladores Culturais, o II Fórum de Gestores Sociais da Cultura e o II Fórum de Espaços Culturais.

Cant@rt.com

A síntese do IV EPGC pode ser encontrada na fala da professora e antropóloga Claudia Leitão, palestrante convidada: “a hora é de resistir”. Fortalecer a gestão cultural na Bahia é uma das formas de construir esta resistência.

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