Aldeia Nagô
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IPAC participou hoje (20) de seminário sobre ‘Direitos de Religiões de Matriz Africana’

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IPAC_Simes-Filho

Com base na Constituição Federal (1988) que garante liberdade às crenças e assegura o livre exercício de cultos religiosos, assim como, aos seus locais e liturgias, foi realizado hoje (20) pela manhã, o primeiro seminário de ‘Direitos das Religiões de Matriz Africana’, no auditório da secretaria de Desenvolvimento Social (Sedesc) de Simões Filho (Avenida Walter Aragão, s/nº, Km 25). A entrada foi gratuita.

 

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) que coordena as políticas públicas estaduais dos patrimônios materiais e imateriais, incluindo proteção a terreiros e manifestações de matriz afro-brasileira, também participou do evento. O historiador Igor Souza, da Coordenação de Articulação e Difusão (Coad) do IPAC esteve presente. “A educação patrimonial é uma das ações importantes do IPAC e vem como elemento fortalecedor para garantir o direito à memória de grupos sociais que formam nossa sociedade e que são historicamente olvidados”, afirmou Igor.

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL O evento foi promovido pela Coordenação da Igualdade Racial de Simões Filho e tem como intuito orientar a população sobre os direitos às religiões afro-brasileiras. Participaram da mesa de abertura, coordenador do Grupo de Trabalho de Religiões Afro-Brasileiras da Defensoria Pública da Bahia, o historiador e especialista em educação patrimonial do IPAC, Igor Souza, a jornalista Daiana Sacramento, coordenadora de Educação Patrimonial/IPAC e a coordenadora da secretaria de Turismo de Simões Filho, Samara Sodré.

Para Tânia Carvalho, coordenadora de políticas para Igualdade Racial de Simões Filho, a participação do IPAC é muito importante. “A educação patrimonial na preservação do patrimônio cultural é o primeiro passo para se preservar, e o IPAC já faz esse trabalho que necessita ser difundido”, explicou. Ela reforçou ainda que o evento visa fortalecer e criar ações identitárias. “Estamos em defesa do nosso povo e cultura. Precisamos proteger a nossa história e nossa memória, preservando a identidade da população desse município”, disse.

300 TERREIROS A Secretaria de Igualdade de Simões Filho informou que existem três comunidades quilombolas, com mais de mil famílias, e supõe que existam aproximadamente 300 terreiros de candomblés espalhados pelo município.  Segundo Tânia Carvalho “as pessoas que seguem a religião ainda sofrem muito com o preconceito e, muitas vezes são encurraladas a não confessarem a fé. A presença da cultura afro-brasileira na cidade de Simões Filho é marcante e os seus templos e terreiros não gozam das garantias e direitos assegurados às religiões cristãs”, afirmou.

A Constituição Federal de 1988 garante a liberdade de crença e assegura que a liberdade de consciência e de crença é inviolável. Assim como, o livre exercício dos cultos, tudo previsto na legislação. “Precisamos falar do assunto para sermos democráticos e mais tolerantes, lutar para diminuir ou extinguir a discriminação às crenças de matriz africana”, finalizou a secretária municipal de Simões Filho. Conheça ainda os livros/IPAC: 

http://goo.gl/CDv6q3

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