Gravada em abril no show “Com Né Que São”, a música “Achados e Perdidos”, traz uma pertinente reflexão sobre grupos sociais invisibilizados, seja por sua condição de moradia, econômica, seja por questões mais individuais, como orientação sexual.

“Falo sobre invisibilidade nas relações, no cotidiano, na sociedade. A invisibilidade do que é abstrato e concreto. De quem é tornado invisível, como as pessoas em situação de rua, a população preta da periferia, a criança que vende doce no busu, as mulheres e homens que ultrapassam os padrões de gênero e da sexualidade”, explica a artevista.

O projeto “Com Né Que São” é uma mostra do universo de composições da artista, que busca a desconstrução de rótulos de estilos e que mostra inquietação passando isso para músicas autorais. A brincadeira com os monossílabos “com”, “né”, “que”, “são” é justamente trazer a ideia de ligação com liberdade de conceito, num mundo onde a especialização tem cada dia mais valor e o saber holístico vem sendo marginalizado.

O show traz mensagens questionadoras e empoderadas sobre o feminismo e da construção de ser negr@ numa sociedade patriarcal branca, além das questões de um cotidiano que ora nos é árido, ora leve.

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