Literatura como forma de combate a violência e repressão
Polêmica, arte, poesia, feminismo, política e literatura foram alguns dos temas debatidos na mesa “Intervenções, agitações e desvarios”. Para os autores convidados Ricardo Lísias eDaniela Galdino a literatura e a poesia é a melhor forma de combater a violência. Com mediação de Wesley Correia, a mesa aconteceu no segundo dia da Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica.
Dono de um estilo literário performático, elogiado por uns e não tão querido por outros, Ricardo Lísias trouxe um pouco do seu livro de “Diário da cadeia”, assinado com o pseudônimo Eduardo Cunha e como esse trabalho causou mais uma polêmica para sua carreira, já que o autor já tinha sido intimado a depor pela publicação sobre o “Delegado Tobias”, mas afirmou que não se deixa abalar por essas forma de repressão ao seu trabalho.
Daniela Galdino é conhecida por sua luta pelo feminismo, idealizadora do “Profundanças”, antologia literária e fotográfica dedicada à visibilidade de mulheres escritoras. O projeto resultou na publicação de dois volumes, respectivamente em 2014 e 2017. “Não vou sucumbir e não vou adoecer a toda essa orquestra da violência, a forma de combate para os devaneios da vida atual é a literatura e a poesia”, afirmou Daniela ao ser questionada sobre como a violência afeta o artistas.
Entre citações de poemas, leituras de trechos de livros, os escritores passearam por diversos temas e sempre trazendo questões atuais do país, e como a arte em todas as suas vertentes podem combater a desigualdade social e a violência imposta. Mais uma vez a sala do Clastro recebeu sua capacidade máxima e interação ativa do público presente.
Serviço
?Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica 2017
?Quando: ?5 a 8 de Outubro
Onde: Cachoeira/Ba