Marta participa de roda de conversa sobre feminismo na Escola Estadual Maria Anita
A vereadora Marta Rodrigues (PT) participou, na quinta-feira (23), de uma roda de conversa na Escola Estadual Maria Anita, no bairro Colinas de Periperi II, sobre feminismo negro, empoderamento feminino e a importância de defender a liberdade de expressão e a pluralidade de ideias nas escolas.
Marta foi à unidade de ensino a convite do Grêmio Estudantil “Nós por Nós”. “Muito motivador ver que os estudantes estão se unindo para debater questões tão importantes para fortalecer nossa luta contra o machismo, contra a LGBTfobia e demais retrocessos pautados por pequenos grupos conservadores do nosso país”, afirmou a vereadora.
Ao lado da poetisa Isadora Nascimento e das professoras de história Jaqueline Queiroz e Mona Lisa, a vereadora pontuou que debates como o ocorrido na escola precisam ser levados também para as comunidades onde os estudantes moram, para que os temas tenham maior abrangência e alcance.
Segundo Marta, o machismo mata todo dia milhares de mulheres, principalmente as mulheres negras das periferias e por isso o empoderamento combate diretamente esses crimes. “São temas que estão na realidade de nós, mulheres. Defender a escola livre da censura é lutar contra o racismo, ao levar às salas de aula o ensino da história da África, a apresentação das religiões de matrizes africanas. È lutar contra os preconceitos, levando o debate da diversidade de gênero”, disse.
Durante a roda de conversa, os estudantes partilharam suas realidades com a vereadora e definiram proposta a realização de mais dois encontros para discutir, também, o genocídio do povo negro. A professora Mona Lisa discursou sobre feminismo interseccional. “As mulheres negras sofrem três tipos de opressão: de gênero, o machismo e o racismo. Interseccionalizar é importante porque ajuda a organizar melhor as pautas dessas mulheres.
Jaqueline destacou que as adolescentes podem colaborar com o feminismo no dia a dia, de diversas maneiras. “Vocês podem em simples ações praticar o feminismo. Quando uma companheira ou amiga sua estiver triste, prestando apoio, força e motivando-a. Em suas casas, vocês podem conversar com suas mães, tias, de maneira tranquila, sobre o que é feminismo negro, sobre o quanto as mulheres negras sofrem com a discriminação no trabalho e são as principais vítimas do desemprego” afirmou.
A poetisa Isadora Nascimento reforçou a arte e poesia como forma de tocar as pessoas para o debate. “A arte é um instrumento poderoso de mobilização. Devemos valoriza-la sempre”, destacou.