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Moro é a má política de toga e a Geórgia de dez anos atrás é a Lava Jato. Por Davis Sena Filho

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O que os golpistas e elitistas deste País cucaracha “não entendem”, a incluir os coxinhas de classe média, por má-fé, cinismo e hipocrisia é que a Lava Jato teria de ter como objeto e alvo de sua atuação o combate à corrupção e nada mais do que isto. Ponto.

Enquanto a força tarefa dos juízes, procuradores e delegados, a maioria baseada no Paraná, estava a servir à Nação com enfoque no combate à corrupção doa a quem doer, evidentemente que o apoio a esses servidores públicos do Judiciário e do MPF era praticamente majoritário.

Porém, percebe-se logo e rapidamente que os “intocáveis” togados e meganhas passaram a ter como motivação principal e primordial o combate político, partidário e ideológico, sendo que tais servidores agem e atuam, sistematicamente, no campo da direita, a movê-los, sem dúvida, ações de conotações persecutórias, que denotam, ipsis litteris, que a Lava Jato é, na verdade, um instrumento político transformado em um aríete, que tem por propósito demolir e ferir o Partido dos Trabalhadores e suas principais lideranças.

Não importa a mim se algumas pessoas que leem meus artigos fiquem injuriadas ou falsamente indignadas, porque, evidentemente, se existe algo que eu detesto é a corrupção, mas também acredito que ela tem de ser combatida de forma republicana, equânime e isonômica, de forma que todos os grupos, segmentos e setores das vidas públicas e privadas da sociedade brasileira respondam por seus crimes, malfeitos e ilegalidades de toda ordem.

E é exatamente isto que não acontece e, com efeito, a blogosfera progressista, os chamados blogs e sites “sujos”, combatem, sem trégua, as manipulações, distorções e mentiras o oligopólio da imprensa de negócios privados, que, mancomunada com os atores da Lava Jato, transformaram o Brasil em um republiqueta bananeira, o desmoralizaram, o humilharam e destruíram sua economia, principalmente o comércio interno, que não vende nada, bem como a indústria de base e pesada brasileira, a desempregar 15 milhões de brasileiros, sendo que outros milhões estão à mercê do comércio ilegal e da repressão policial, de forma, inclusive, a fazer o Brasil integrar novamente o mapa da fome, de acordo com a FAO e o IBGE.

O juiz Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, os procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima, Deltan Dallagnol, Roberson Pezzobon, dentre outros autores do powerpoint mentiroso e leviano, assim como os delegados partidarizados e “aecistas”, Igor Romário de Paula, Maurício Grillo e Márcio Anselmo, conforme comprovaram seus facebooks e a matéria do Estadão, que, por sinal, trata-se de um pasquim de direita quase falido, que sempre apoiou a Lava Jato, resolveram, indevidamente, entrar de cabeça na política brasileira.

Os membros da Lava Jato fizeram mais do que isto, pois interditaram o processo político para influenciar no tabuleiro político e, consequentemente, favorecer a direita brasileira, representada, principalmente, pela dupla PSDB/PMDB, que efetivou a deposição da presidente reeleita e legítima, Dilma Rouseeff, e instalou no Planalto o governo mais corrupto, elitista, sectário e entreguista da história republicana brasileira. O governo colonizado e subalterno, que serve a poucos em detrimento de muitos.

E por que eu estou a falar sobre esse assunto? Respondo. Porque o juiz Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, comparou o Brasil à Geórgia após o fim da União Soviética. O herói dos coxinhas golpistas, entreguistas e analfabetos políticos afirmou que o Brasil é governado por gângsters. É verdade. O juiz não mentiu, mas, como sempre ele faz para não falar ou explicar, por exemplo, o porquê de ele não prender os tucanos e os líderes do PMDB que tomaram o poder de assalto, o magistrado de primeira instância e com vocação para ditador simplesmente tergiversa e faz cara de paisagem.

A verdade é que as ações do político sem mandato, Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, cooperou, e muito, para que o Brasil fosse governado por gângsters, que estão a demolir o Brasil e envergonhar seu povo perante a comunidade internacional. Afinal, o magistrado da província de Maringá, cuja família possui laços profundos com o PSDB, a direita em geral e a burguesia paranaense permitiu, deliberadamente, que a crise político-institucional recrudescesse e, com efeito, favorecesse a radicalização da direita de alma lacerdista

A direita de tradição udenista, porque comportalmente falsa moralista, e que, histérica, ocupava as ruas com camisetas de seleção brasileira, bem como o ato insano, mas inquestionavelmente político de Moro a levou a tentar, como fazem os vândalos ou os bárbaros, invadir o Palácio do Planalto, porque o juiz Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, liberou criminosamente à imprensa de mercado, sua cúmplice partidária e política, os diálogos entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula.

Quero afirmar, sem medo de errar, que tal juiz causou comoção popular deliberadamente, o que se torna um fato absurdo e altamente irresponsável. Naquele momento, a luta política estava no auge, pois a presidente constitucional e legítima estava prestes a enfrentar um tribunal no Senado que, antecipadamente, já a tinha condenado à perda de seu mandato popular e legítimo. A verdade é que o juiz tucano da terra das araucárias estava a fazer a péssima política, além de apagar incêndio com gasolina.

Moro, do PSDB do Paraná, sabia o que estava a fazer, sem sombra de dúvida, e cometeu um de seus inúmeros crimes com o apoio, a cumplicidade e a aquiescência do CNJ, do TRF-4 e, sobretudo, do STF, poder que é indefectivelmente burguês, a vergonha do Brasil, que, com a participação da imprensa comercial e privada mais corrupta e golpista do mundo ocidental, tornou-se a garantia de que a casa grande retornaria ao poder após quatro derrotas eleitorais consecutivas para os presidentes Dilma e Lula, líderes trabalhistas e de esquerda, que jamais foram cooptados pelo establishment.

O establishment que vem a ser o promotor do status quo, que, por sua vez, é financiado pelas oligarquias brasileiras e pela plutocracia internacional, as quais os golpistas e usurpadores da Banânia servem como cães perdigueiros ou de guarda. O Judiciário brasileiro é o câncer que promove o atraso material e espiritual do Brasil.

O STF permitiu que chefes de quadrilhas assumissem o poder central e aceitassem o pedido de impeachment (golpe) na Câmara dos Deputado para Dilma Rousseff ter seu mandato vilipendiado no Senado Federal pela maioria dos senadores intrinsecamente vinculada ao atraso e ao retrocesso, ou seja, às oligarquias insofismavelmente escravocratas. Esses fatos e realidades são inesquecíveis. A história cuidará disso com a precisão da verdade. A verdade é imbatível e inatacável. O Supremo deste País é o fim da picada!

Torna-se, então, necessário colocar os pingos nos “is”. Moro, o magistrado tucano, que tem lado partidário, cor ideológica e participa com afinco da luta política e de classes, que a direita diz não existir, mas “quer de volta sua empregada doméstica”, a dormir na pequena senzala, que é retratada no quartinho de empregada, afirmou, na Jovem Pan, que não é candidato, porque não tem perfil para exercer mandato político. Não são contraditórias as palavras de vossa excelência?

Obviamente que o juiz do PSDB do Paraná está a tergiversar, porque não é necessário ter mandato para fazer política, no sentido de participar do embate político e tomar para si o enfrentamento de linha de frente com o apoio, incondicional, pelo menos até agora, da imprensa de negócios privados e controlada por meia dúzia de famílias bilionárias, que combatem os interesses de independência e soberania do Brasil há décadas, bem como o tratam como se o País fosse o quintal de suas casas.

Sérgio Moro quer enganar a quem? Será que tal magistrado pensa que todo mundo é coxinha lobotizado? O que é isso cara pálida? Se eu elencasse todas as ações políticas, partidárias e ideológicas do juiz de província, certamente que eu não conseguiria terminar este artigo. A verdade é que Sérgio Moro cometeu inúmeros crimes e arbitrariedades, como levar Lula a força para depor e, posteriormente, condená-lo a mais de nove anos de cadeia, sem, entretanto, apresentar uma única prova. Há covardia e desfaçatez maior?

O problema do juiz Sérgio Moro, que dizem ser admirado e amado, mas a verdade é que existem dezenas de milhões de brasileiros — e ele sabe disso — que discordam frontalmente das ações levianas e covardes da Lava Jato, que se tornou um partido de direita e instrumento primordial para que os golpistas e usurpadores de toda monta e ordem pudessem, enfim, conspirar e, com efeito, derrubar uma presidente legalmente constituída, assim como dar tratos persecutórios a uma força tarefa que perdeu a razão de ser quando simplesmente resolveu ser uma ferramenta de combate político contra a esquerda, os mandatários trabalhistas e seus aliados.

A verdade é que a corrupção passou a ser, dentro da própria Lava Jato, um assunto de segunda relevância, quando deveria ser sempre de primeira importância, porque o que se vê depois das tentativas de destruir o PT e seus membros e simpatizantes, verifica-se in loco que as pessoas que estão a governar o Brasil são golpistas, usurpadores, corruptos, ladrões e que estão a vender o Brasil e a tirar direitos e garantias dos trabalhadores, do povo brasileiro. Moro e a Lava Jato sabem disso, porque burros e alienados, definitivamente, eles não o são.

Então, vamos à pergunta que não quer calar: “Juiz Moro, por que o senhor não interroga e não prende os tucanos e suas lideranças, bem como os corruptos do PMDB, que estão a governar a Banânia e o Congresso de malfeitores, que agora apostam no distritão e no parlamentarismo, para se manterem no poder e não serem presos por causa do foro especial por prerrogativa de função?” Com a resposta, evidentemente, o juiz Moro ou os “intocáveis” tupiniquins da Lava Jato.

Porém, nunca é demais lembrar que o juiz Moro, do PSDB do Paraná, ao divulgar os grampos ilegais, portanto áudios repercutidos de forma criminosa, favoreceu a tomada do poder pela quadrilha mais perigosa e poderosa do País, de acordo com o Joesley Batista, dono da JBS, que quebrou as pernas da Lava Jato, porque até então os “intocáveis” estavam muito à vontade para cometer, sistematicamente e covardemente, lawfare contra o ex-presidente Lula, sem, no entanto, volto a ressaltar, apresentar quaisquer provas em todos os processos que o melhor presidente da história do Brasil, juntamente com o estadista Getúlio Vargas, responde na Justiça por estar a ser, covardemente, perseguido.

A direita quer o Lula fora da corrida presidencial de 2018, e a Lava Jato e seus “heróis” midiáticos sabem disso. E como sabem… Só sabem! Moro, além disso, é useiro e vezeiro em participar de eventos promovidos, ora vejam, pelos inimigos e adversários do PT e de suas lideranças. Como pode um juiz ser visto com os inimigos de quem ele está a julgar? São fatores completamente fora de propósitos, pois surreais!

Trata-se, indubitavelmente, de um comportamento que se deve questionar duramente e de forma enfática. Não basta à mulher de César ser honesta. Ela tem de também parecer honesta. Moro tem de obrigatoriamente compreender esta questão comportamental para que possa ser um juiz imparcial e justo, realidade que, frontalmente, o magistrado tucano não é. Alô, alô, CNJ e TRF-4, cadê vocês?

Como eu sou ingênuo… Evidentemente que tais instituições estão a participar do golpe de estado contra os interesses do Brasil, pois, afinal, se o Judiciário fosse sério não permitiria que a presidente legítima e constitucional, Dilma Rousseff, fosse deposta para um chefe de quadrilha assumir o poder. Esta é a verdade. Alô, alô, juízes de um STF divorciado e distante do povo e composto por juízes burgueses de punhos de renda: acordem!

Agora o Moro, um político tucano e de direita, voltado para os interesses da grande burguesia, critica o financiamento público de campanha ao tempo que defende o financiamento privado com regras mais duras. Não é uma beleza o pensamento de ocasião e de circunstância de tal “titã” da justiça, da moral e dos bons costumes? Não parece uma intenção oportunista?

Então, vamos ver se dá para entender o juiz de primeira instância. Moro e seus pares da Lava Jato criminalizaram o financiamento privado, que, na verdade, fomentava a corrupção. Depois de criminalizar a política, os partidos e destruir a indústria de base e de construção do País e causar desempregos aos milhões, o juiz vem com essa opinião estapafúrdia e insensata, pois sabedor que o financiamento público põe ordem na casa e trata os candidatos desiguais como iguais, em uma isonomia que não interessa de verdade aos políticos e candidatos ricos ou financiados por milionários ou bilionários.

Se houver isonomia, evidentemente que a direita terá menos eleitos e a equiparação com os candidatos de outros segmentos da sociedade ficará mais equânime. O juiz Moro, filho da burguesia e politicamente de direita quer, na verdade, defender os interesses eleitorais das velhas oligarquias, das quais ele e seu grupo familiar e político sempre fizeram parte. E assim acontece com vários procuradores da Lava Jato, a começar pelo Carlos Fernando dos Santos Lima.

Quem o juiz Moro, do PSDB do Paraná, pensa que engana? Será que o ciclope do Judiciário pensa que todo mundo é idiota e somente assiste ao Jornal Nacional e seus assemelhados? A roubalheira é advinda, principalmente, das campanhas eleitorais financiadas pelas empresas e corporações privadas. Ponto. Como agora esse senhor vem com essa conversa para boi dormir?

Juiz Sérgio Moro, por favor, seria de bom alvitre, além de ser sensato, vossa excelência se reportar aos autos dos processos, para ser republicano, justo e imparcial. A Geórgia de dez anos atrás é a Lava Jato, porque, nos governos trabalhistas do PT, o Brasil se desenvolveu e o povo viveu muito melhor. A história se encarregará dessa verdade. Menos, juiz… Menos! Ou se candidate para se eleger e dar pitacos sobre tudo. É isso aí.

LULA MARQUES

Artigo publicado em https://www.brasil247.com/pt/colunistas/davissena/311952/Moro-%C3%A9-a-m%C3%A1-pol%C3%ADtica-de-toga-e-a-Ge%C3%B3rgia-de-dez-anos-atr%C3%A1s-%C3%A9-a-Lava-Jato.htm

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