A edição de novembro do Nosso Sarau traz o escritor Carlos Verçosa como convidado para um bate papo, mediado por Douglas de Almeida, sobre haicais, literatura e seus livros.

O evento acontece no KreativLab do Goethe-Institut Salvador no dia 27/11 (quarta-feira), às 18h, com entrada gratuita. Na ocasião, o autor participa também de uma sessão de autógrafos de seu livro JÁ KEN PÔ – haicais de pedra, tesoura e papel.

A programação do sarau inclui ainda um recital de poesia com Alexandre Carneiro, Alvorecer Santos, Ametista Nunes, Cacau Novaes, Douglas de Almeida, Jeane Sánchez, Marcos Peixe, Martha Potiguar, Matheus Kawan e Rosana Paulo, além de apresentações musicais com Chá Rize e Pedro Manuel.

Sobre o autor:

Poeta em primeiro lugar, pois as outras profissões são circunstanciais. Carlos Verçosa é um haijin (poeta que escreve haikai). Ativista da geração mimeógrafo, ou poesia marginal, publicou haikais e tankas em jornais, revistas e edições do autor. Uma literatura que rolava por fora, distante do sistema e das editoras tradicionais nos primeiros anos 1970. Também publicou na página semanal Rascunho, da Folha de Londrina, da qual foi editor de 1971 a 1975.

Dentro desse contexto, Verçosa lançou Botina, ainda em Londrina, em 1975. A segunda edição saiu em 1978 na Bahia. Durante esse período dos anos 1970, lançou também Chicotadas & Salmoura, Cochilo na Mochila e Lambida na Libido. Botina e Chicotadas & Salmoura foram premiados no Prêmio Fernando Chinaglia 1977, da UBE – União Brasileira dos Escritores, e, anos mais tarde, também no concurso nacional Carlos Drummond de Andrade. Essas obras permaneceram assim: meio livro, meio inédito, lembrados apenas nas suas edições marginais.

É autor também de Sashimi (1987) e, em meados dos anos 90, lançou Oku: viajando com Bashô, pela Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia, um verdadeiro tratado com mais de 500 páginas sobre o Haikai. Uma obra antológica, nacionalmente reconhecida. Em 2001, publicou Música Urbana, em postais com fotografias de Aristides Alves. Seu livro Já Ken Pô: haikais de pedra, tesoura e papel, foi finalista na categoria livro infantil no Prêmio Nestlé de Literatura, sendo publicado recentemente pela Editora Mondrongo.

Redator, diretor de criação, jornalista, relações públicas, roteirista, poeta, escritor. Carlos Alberto Verçosa Silva, mudou-se de Londrina para a Bahia em 1976. Na propaganda, trabalhou em agências de Londrina, São Paulo, Salvador e Luanda. Presidiu entidades profissionais, divulgou e ajudou a promover a propaganda baiana na imprensa local e nacional.