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Nove espetáculos do Nordeste estão na programação do FIGA – Festival Internacional Gestos de América

7 - 10 minutos de leituraModo Leitura

De 2 a 14 de setembro de 2025, Salvador será palco do FILTEBAHIA que virou FIGA – Festival Internacional Gestos de América. Em sua 15ª edição, o evento consolida-se como uma das principais janelas de difusão das artes cênicas da América Latina, conectando artistas, curadores e programadores em uma programação que reúne espetáculos, showcases, rodadas de negócios e residências artísticas.

O projeto FILTEBAHIA 2025, FIGA – Festival Internacional Gestos de Américae Mercado Internacional de Teatro Salvador Janela ao Mundo é uma realização da Cardim Projetos e Soluções Integradas e Carranca Produções, tem direção artística de Luis Alonso-Aude, produção geral de Rafael Magalhães, e gestão integrada de Márcia Cardim. A curadoria é formada por profissionais de trajetória destacada nas artes cênicas: Ciane Fernandes (diretora artística e  Professora Titular da UFBa), Tiago Romero (diretor de arte e arte-educador), João Paulo Lima (educador e performer), Patrick Campbell (diretor e performer) e Fernando Zugno (curador e gestor cultural). 

Com o patrocínio da CAIXA CULTURAL, foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano IV com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.

O festival nasceu como FilteBahia em 2008 e renasce como FIGA em 2025, na sua 15a edição, ampliando sua atuação e reafirmando a capital baiana como centro estratégico para a circulação internacional da produção nordestina e inserindo a Bahia na rota dos mercados internacionais de Artes Cênicas. “A mudança de nome acompanha o próprio movimento da arte e da sociedade. FIGA é símbolo, gesto e proteção, mas também abre espaço para novos sentidos e debates que atravessam as artes cênicas hoje. Brinca com múltiplos significados e reafirma o caráter político e transformador da arte”, afirma Luis Alonso-Aude, diretor artístico do festival.

A curadoria selecionou 15 espetáculos: nove nordestinos, dentro do MITNordeste – Mercado Internacional de Teatro Nordestino, e seis soteropolitanos, no MITSalvador – Janela ao Mundo. Os ingressos custarão R$30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia) e podem ser adquiridos no Sympla.

No MITNordeste, a programação começa com Medalha de Ouro, de Andreia Pires, Larissa Góes e Sol Moufer (Fortaleza /Ceará), dias 2 e 3 de setembro, na CAIXA Cultural; na sequência, o público confere Guiança, de Ireno Júnior/Plataforma Danças que Temos Feito (Teresina/Piauí), em 4 e 5 de setembro, na CAIXA Cultural; Sopro D´Água, de Gabi Holanda (Recife/ Pernambuco) entra em cartaz nos dias 6 e 7 de setembro, no Teatro Sesi Rio Vermelho; Inacabado, do Grupo Bagaceira (Fortaleza/Ceará), nos dias 9 e 10 de setembro, no Teatro Gregório de Mattos.

O espetáculo Normal Mente (Dança-Libras), de Clarissa Costa, também do Ceará, será apresentado em 9 e 10 de setembro, na CAIXA Cultural; nos dias 9 e 10, Bípede sem Pelo, de Alexandre Américo (Natal/ Rio Grande do Norte), sobe ao palco do Centro Cultural BarroquinhaMetendo a Boca, de Ricardo Tabosa ( Fortaleza/ Ceará) entra em cena dias 11 e 12 de setembro, na Casa Preta;  o pernambucano André Vitor Brandão, (Petrolina/ Pernambuco),  apresenta Nego D’Água em 11 e 12 de setembro, na CAIXA Cultural  e o Núcleo Caatinga de Teatro da Cia Avatar, de Irecê, Bahia, apresenta A Travessia do Grão Profundo, com direção de Paulo Atto em 13 e 14 de setembro, na CAIXA Cultural.

O evento também apresenta duas ações formativas. A mostra do processo do espetáculo Neva, de uma equipe composta por docentes, discentes e egressos da graduação em Teatro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no dia 8 de setembro; e a residência artística A Raiva dos Músculos, com a atriz/performer e diretora teatral minera Andreia Duarte e o Dançarino/Performer baiano Ariel Brito de 2 a 12 de setembro. Ambos na Casa Preta Espaço de Cultura.

A Raiva dos Músculos, integra o projeto Funk Killer – Tudo por amor e propõe refletir sobre as tensões entre igualdade de gênero e o sistema patriarcal, reunindo até 10 mulheres cis e trans em um processo de pesquisa e criação coletiva, com resultado aberto ao público nos dias 11 e 12 de setembro, na Casa Preta Espaço de Cultura

O Oco Teatro Laboratório organiza, dentro do FilteBahia, que virou FIGA 2025, o XI Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste-Nortea, que acontecerá no Museu de Arte da Bahia nos dias 5, 6 e 7 de setembro. Um encontro que reúne pesquisadores das artes cênicas do nordeste para intercambiar processos criativos através de técnicas e saberes populares.

Showcases e rodadas de negócios

Além dos espetáculos apresentados em sua forma integral, o FIGA promove, na Fundação Gregório de Matos e no Espaço Barroquinha, 15 showcases em formato reduzido, pensados para ampliar as oportunidades de circulação junto a programadores internacionais. “Nosso maior desafio é quebrar a lógica romântica de que o artista deve viver de sacrifício. Precisamos vender, colocar o teatro nordestino em rede, em trânsitos internacionais, gerar oportunidades concretas. O Nordeste produz teatro de altíssima qualidade, plural e experimental, e o FIGA é um espaço para reposicionar essa cena no mundo”, completa Luis Alonso-Aude.

O FIGA ainda promove Rodadas de Negócios, reunindo 20 representantes de produções com cerca de 30 curadores e programadores internacionais. Cada representante participou de uma etapa preparatória conformada por workshops sobre internacionalização das artes cênicas, preparando a circulação das obras em feiras e festivais. Para reforçar esse alcance, dois catálogos especializados serão lançados, com informações detalhadas sobre as criações participantes.

Uma última ação é o Encontro com Programadores, onde serão apresentados projetos locais/nordestinos e globais carimbando este evento como dispositivo de criação de redes de networking e potencialização de venda das artes nordestinas.

Espetáculos do MITNordeste – Mercado Internacional de Teatro Nordestino

Medalha de Ouro – Andreia Pires, Larissa Góes e Sol Moufer (Fortaleza. Ceará)

A obra reúne fragmentos de memórias de atrizes cearenses, refletindo sobre os desafios e resistências de manter-se artista. Misturando ficção e documentário, explora diferentes estilos de encenação para problematizar a pergunta: “o que é ser atriz?”, expondo os fascínios e as frustrações do ofício.

Dias 2/9, 16h; 3/9, 20h

Caixa Cultural

Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada para clientes CAIXA e casos previstos em lei)

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Guiança – Ireno Júnior Plataforma Danças que Temos Feito (Teresina, Piauí).

O espetáculo parte da ideia de “guiar” para inventar existências dançantes que transitam entre culturas, sombras e fabulações. Combinando elementos da cultura nordestina com imagens de samurais e sereias, a obra cria um corpo em luta que encontra na dança uma forma de resistir e reimaginar realidades.

Dias 4 e 5/9, 20h

Caixa Cultural

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Sopro D’água – Gabi Holanda (Recife, Pernambuco)

Criação e interpretação de Gabi Holanda, é um mergulho poético na relação entre corpo, território e água. A obra atravessa memórias ancestrais e a urgência da crise hídrica, propondo uma experiência sensorial que reflete sobre a emergência climática e questiona o papel da água em uma sociedade marcada por conflitos e escassez.

Dias 8 e 9/9, 20h

Teatro Sesi Rio Vermelho

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Normal Mente – Clarissa Costa (Fortaleza, Ceará)

Solo que une dança, Libras e audiodescrição, a peça investiga a fragilidade do conceito de “normalidade”. O corpo em cena se comunica em fluxo com texto e movimentos, revelando contradições, fraudes e mentiras sociais que sustentam a ideia de ser “normal”.

Dias 9 e 10/9, 20h

Caixa Cultural

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Bípede Sem Pelo – Alexandre Américo (Natal, Rio Grande do Norte)

Inspirado nas danças populares nordestinas, o espetáculo reinventa a imagem do “animal humano” que perdeu os pelos e a razão. Entre giros, saltos e movimentos que remetem a tradições culturais, o trabalho aproxima corpo e terra, questionando o que é profanado e devolvido ao mundo comum.

Dias 9/9, 19h; 10/9, 18h

Centro Cultural Barroquinha

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Nêgo D’Água – André Vitor Brandão (Petrolina, Pernambuco)

Inspirado nas encantarias das águas, o espetáculo convoca cosmologias ribeirinhas e memórias ancestrais indígenas, negras e caboclas. A cena reflete sobre ecologia, preservação e modos de vida em territórios fluviais, propondo uma escuta sensível dos corpos que coexistem com os rios e sua simbologia.

Dias 11 e 12/9, 20h

Caixa Cultural

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A Travessia do Grão Profundo – Núcleo Caatinga de Teatro da Cia Avatar (Irecé,  Bahia)

Acompanha Zinho, um jovem sertanejo que parte pela caatinga em busca do pai que o abandonou ainda na infância. Sua jornada mistura realidade e fantasia, atravessando encontros, crenças e memórias que revelam tanto o imaginário do sertão quanto a força da identidade cultural nordestina. A peça é ao mesmo tempo viagem mítica e existencial, afirmação de pertencimento e celebração da diversidade cultural brasileira.

Dias 13 e 14/9, 19h

Caixa Cultural

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Inacabado – Grupo Bagaceira (Fortaleza, Ceará)

Criado para celebrar os 25 anos do grupo, o espetáculo assume o inacabamento como escolha estética e política. Entre humor, lirismo e confissões pessoais, a peça critica o produtivismo neoliberal e transforma o processo criativo em cena, reafirmando o teatro de grupo como espaço de vitalidade e sobrevivência.

Dias 9 e 10/9, 18h

Teatro Gregório de Matos

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Metendo a Boca – Ricardo Tabosa (Fortaleza, Ceará)

Autoficcional, o espetáculo parte da experiência de um homem que perdeu a voz na infância por ser considerado “diferente”. Entre humor, poesia e lip sync, a cena revisita o silenciamento de identidades LGBTQIAPN+ e afirma o direito de existir e falar em voz alta, sem concessões.

Dias 11 e 12/9, 18h

Casa Preta Espaço de Cultura

FICHA TÉCNICA:

FilteBahia virou FIGA – Festival Internacional Gestos de América

Direção Artística Geral: Luis Alonso-Aude. Direção de Produção Geral: Rafael Magalhães. Curadoria: Ciane Fernandes, Thiago Romero, João Paulo Lima, Patrick Campbell e Fernando Zugno. Assistente de Produção Geral: Priscila Barreto. Assistentes de Produção Executiva: Camila Guilera. Assessoria de Mercados: Fernando Zugno. Coordenação Programadores: Antonio Vergne. Assistente de Programadores: Marcia Mascarenhas. Coordenação Iluminação: Rita Lago. Coordenação Som e Multimídia: Jefferson Oliveira. Coordenação Cenotécnica: Adriano Passos. Audiodescrição: Marcia Mascarenhas. Fotografia e Vídeo-Maker: Maise Xavier. Programação Visual: Antonio Vergne. Mediação Cultural: Poliana Bicalho. Assistente de Mediação Cultural: Janahina Cavalcante, Camila Almes, Danilo Erê, Almir Nascimento. Assessoria de Imprensa Bahia: Doris Veiga Pinheiro. Assessoria de Imprensa Nacional: Adriana Balsanelli. Colaboração Estratégica de Mercados:  Marcelo Castillo

Serviço:

FilteBahia virou FIGA – Festival Internacional Gestos de América

15 anos celebrando o teatro latino-americano e projetando o Nordeste para o mundo.

 De 2 a 14 de setembro de 2025, em Salvador – BA

Programação completa: www.gestosdeamerica.com

@figestosdeamerica

Os ingressos estarão disponíveis pelo Sympla e nas bilheterias dos teatros.

Valores: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)

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