O ofício da baiana de acarajé é tema do Patrimônio é..
Neste mês de outubro, a Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), promove mais uma edição do projeto “Patrimônio É…” com o tema: “No tabuleiro da baiana tem… Patrimônio”. O evento acontece na próxima terça-feira (19) e a transmissão é realizada através do canal da FGM no YouTube, às 18h30.
Para debater o tema, foram convidados a Presidente do Conselho Executivo da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo, e Similares
(ABAM), Rita dos Santos, o produtor cultural e mestre em Cultura e Sociedade Vagner Rocha, a coordenadora do Projeto Bainambiental, a professora doutora Angela Machado Rocha, e o cineasta e mestre em gestão social Pola Ribeiro.
Em 2012, o ofício de baiana de acarajé foi registrado como Patrimônio Imaterial da Bahia. Esse título não só reconhece a importância dessa figura popular para a cultura baiana, como também preserva a prática tradicional de produção e venda das comidas baianas em tabuleiro nas ruas das cidades. Nele, a gente pode encontrar desde o famoso acarajé, até o abará, a cocada, a passarinha e o bolinho de estudante.
Para a gerente de Patrimônio Cultural da FGM, Gabriella Melo, a baiana está presente em nosso cotidiano e por meio dela podemos identificar a materialização de um saber ancestral. “Com todo o conhecimento trazido do continente africano, de forma habilidosa, elas resistiam e lutavam contra a escravidão na busca de seu próprio sustento e a liberdade de todos”. Gabriella ainda destaca que o ofício da baiana “estabelece laços sociais comunitários importantes, além de estar ligada às práticas religiosas do Candomblé”.
Patrimônio é…: As rodas de conversas do “Patrimônio É…” fazem parte do Projeto Salvador Memória Viva, executado pela Gerência de Patrimônio e vinculado ao Departamento de Patrimônio e Humanidades da FGM. São encontros mensais para tratar de temas concernentes aos patrimônios culturais da Cidade do Salvador. Esses encontros, que acontecem desde 2017, eram no Espaço Cultural da Barroquinha e com transmissão ao vivo. Mas, devido ao nosso contexto atual de pandemia e os protocolos de segurança, o formato foi adaptado para o ambiente virtual. Seu objetivo, para além da promoção da educação patrimonial, é a instrumentalização das políticas públicas do município que valorizam a memória histórica da cidade.