Aldeia Nagô
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O ovo neoliberal e o neto da serpente por Geraldo Maia

3 - 4 minutos de leituraModo Leitura

O ninho neoliberal está em alvoroço frente ao
resultado das pesquisas relacionadas com a corrida eleitoral rumo ao Palácio
Tomé de Souza que colocam seus dois representantes, o ortodoxo e o paradoxo, por
enquanto à frente dos demais candidatos a prefeito de Salvador. Isso significa
que o reinado do "grana a qualquer preço" ensaia instalar-se outra vez entre
nós.


Diz o ditado que errar é humano, mas insistir no
erro é burrice. Parece que o Embaraça Aí que persistir no erro. É no mínimo
embaraçante. Mas o filhote, neto da serpente carlista, insiste em chocar a
população com a tentativa de pôr um ovo neoliberal na prefeitura de Salvador.

Tanta cara de pau lhe tem rendido algum sucesso
entre alguns bebês e criançinhas. Meu filho de seis anos ao vê-lo na TV exclamou
"pai, compra um boneco do Neto pra mim?". Expliquei que não é adequado à sua
idade por possuir partes venenosas. "Então me dá o Hilton 50?". E agora, como
falar de estalinismo para uma criança numa fase em que precisa de limite, mas
também de ampla liberdade?

Candidatura de neto só pode ser mesmo coisa de
criança. Como alguém sem a mínima condição, que nunca trabalhou, nunca deu duro,
nunca fez nada de útil em sua breve vida, nunca dirigiu coisa alguma, nem o
carro, que ainda está de cueiros, que depende totalmente do espectro do avô (que
Deus o leve!), graças a quem conseguiu eleger-se deputado federal num dos
maiores flagrantes de estelionato eleitoral em nosso estado, como pode alguém
assim pode arvorar-se no direito de se eleger prefeito de Salvador, cidade com
uma população em sua quase maioria negra, acostumada a dar duro desde cedo para
resistir contra tudo e contra todos, inclusive contra esse tal
grupamento.

A única coisa notória que o neto fez até agora
foi, como prova de sua cabal infantilidade, ameaçar dar uma surra no Presidente
da República. Um simples mandato de deputado lhe subiu à cabeça desse jeito,
imaginem se consegue chegar a prefeito. Vai querer, no mínimo, brincar de
"BigBrother" mandando colocar sistemas de câmaras ao redor do Palácio de Ondina
e do Palácio da Alvorada, em Brasília.

E, claro, grampear os telefones do governador e
do presidente para provar que aprendeu bem a lição dada pelo avô, o ex mestre em
grampos do país.

Claro que depois dessa loucura toda vai tentar
prender e torturar, através de alguma armação golpista, coisas normais para e
ele e seu grupo, o governador Jaques Wagner e o Presidente Lula.

Será que a população de Salvador vai suportar
conviver outra vez num ambiente de fisiologismo, clientelismo, nepotismo e
autoritarismo acima e fora da lei? Neto e seu grupo ainda acham que o estado da
Bahia (e por extensão o Brasil) é uma versão "moderna" e "eficiente" de
capitania herdada da família.

Sem uma ideologia para nortear-se esse
grupamento político tem como único objetivo apoderar-se dos cofres públicos para
neles colocar diversos granodutos que levem direto aos bolsos de seus
apaniguados a riqueza que pertence a todos nós.

Chamar esse grupamento de "força do povo" é
realmente um achincalhe para com esse mesmo povo que foi e ainda é
desrespeitado, explorado, escravizado, submetido a toda sorte de misérias e
humilhações por décadas, séculos, por esse mesmo grupamento e seus
antecessores.

Usam o nome do povo para ameaçar a todos nós com
a escravidão total obtida através do uso de meios eletrônicos e uma legião de
puxa-sacos. Brincam com o sagrado nome do povo que só admitem a existência
quando estatística nas ocorrências dos grupos de extermínio. Mas que se
instrumenta cada vez mais de saberes e poderes com os quais estão a esmagar as
cabeças, ovos, filhotes, netos e toda e qualquer geração de DEMoníacas
serpentes.
 

Geraldo Maia
Poeta  e caçador de
DEMônios

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