Aldeia Nagô
Facebook Facebook Instagram WhatsApp

O país na encruzilhada. Por Claudio Guedes

2 - 3 minutos de leituraModo Leitura
Claudio_Guedes

Os tucanos serão comidos. Os petistas, na defensiva, depois de um linchamento brutal, crescem aos poucos, nos confins, no país real.

Os tucanos deram o golpe, achando que o país era deles, mas passaram do ponto. Acharam que era só bater no PT e tudo estaria dominado.

Foram eles que começaram o esquema agressivo do financiamento da política por empreiteiros e fornecedores do estado. Graças a este esquema conquistaram a hegemonia em São Paulo por mais de duas décadas. Teriam conquistado o país todo se não fosse Luís Inácio Lula da Silva, a maior liderança popular da história do país.

Lula foi uma pedra no sapato de FHC, Serra e Alckmin. Os derrotou nas urnas e os esnobou quando os derrotou por duas vezes seguidas com uma candidata neófita na artes da politica.

Por isso trabalharam pela queda do governo Dilma e pela prisão de Lula.

Mas a armação faz água por todos os lados. A agenda agressiva neoliberal não conta com a aprovação popular e nem mesmo com votos num Congresso horroroso. As reformas empacaram.

Temer é um fantoche, mal visto. Um presidente desmoralizado. Com a ruína de Aécio Neves, a maior liderança do PSDB dos últimos quatro anos (era o presidente do partido e foi o candidato à presidência em 2014), os tucanos, que foram os fiadores do governo Temer, estão sendo fritados em fogo baixo.

A direita que pensa – a banca, os grandes empresários e seus operadores -, que articulou o golpe, não esperava por essa.

Precisa, urgentemente, de um nome novo, um outrora Huck, que somou as perdas & danos – e os milhões que iriam para o sacrifício – e caiu fora. Se a aventura não desse certo perderia muito dinheiro. E Huck gosta de Angélica, mas gosta mais de money.

A direita tentará com Joaquim, o Barbosa. Pedante e autoritário vai ser um problema para eles administrarem, desde logo. É um boçal, incompetente politicamente.

Henrique Meirelles sacou o lance e abandonou Temer. Leu certinho que Michel é o fósforo mais queimado, o pato mais manco, da história. Meirelles sonha com a presidência, mas sabe que no voto popular banqueiros não têm vez, muito menos um falso banqueiro, como ele (sempre foi empregado da banca). Meirelles sonha com o caos e que, no caos, se lembrem dele.

Enquanto isso, a direita, enquanto não acha um personagem para entronizar, continuará a demonizar o PT, mais e mais.

O problema é que o repertório está ficando gasto.
O jogo está aberto. 
O negócio é não piscar.

Lula livre!

Claudio Guedes é Empresário e Professor

Compartilhar:

Mais lidas