Aldeia Nagô
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Rock, Country e Blues: Brenoski lança álbum In Vitro com mistura autoral

5 - 6 minutos de leituraModo Leitura

Após trajetória consolidada como gaitista, artista baiano apresenta álbum autoral produzido por Martin Mendonça e participação de Rick Ferreira

Conhecido como exímio gaitista e nome atuante na cena blues baiana, o artista Brenoski Libertae (@brenoski.libertae) acaba de lançar seu novo álbum In Vitro (OUÇA AQUI)O disco reúne 10 músicas autorais e inaugura uma nova etapa em sua trajetória musical: além de instrumentista, agora o artista se apresenta como compositor e intérprete de suas próprias canções. O álbum traz uma sonoridade marcada pelo blues e amplia horizontes ao dialogar com country e rock, construindo uma obra que mistura intensidade e lirismo. 

O álbum conta com a contribuição de nomes ilustres na música baiana e brasileira. Foi produzido por Martin Mendonça, guitarrista conhecido por tocar ao lado da cantora Pitty; gravado, mixado e masterizado por André T, que já assinou trabalhos para Baiana System, Luiz Caldas e Mateus Aleluia; e conta com a participação de Rick Ferreira (pedal steel), guitarrista de Raul Seixas e pioneiro no uso de pedal steel no Brasil.

In Vitro conta ainda com participações dos músicos Ricardo “The Flash” Alves (guitarra, violão e dobro), Cadinho Almeida (baixo),  Felipe Dieder (bateria), Gigito (Banjo), Nancy Viegas (Backing Vocal).

Com esse novo trabalho, Brenoski amplia sua atuação, dando voz às próprias composições e reafirma sua versatilidade, se posicionando como um artista ousado e autêntico dentro da cena alternativa de Salvador. 

“É um blues contemporâneo, desapegado, mas com suas raízes. As canções falam de se permitir, experimentar e questionar o real”, explica Brenoski. “A mensagem não é fechada, mas provocadora, e pode dialogar com a realidade de todos.”

O contato de Brenoski com a música começou nos anos 1990, como baixista da banda de metal Gridlock, que chegou a gravar uma faixa na Coletânea Dois da Bahia. Com o tempo, o artista encontrou no blues um campo fértil para desenvolver sua expressão artística. A gaita se tornou seu principal instrumento, inspirado por nomes como Little Walter, Sonny Boy Williamson II, Lee Oskar e até expoentes fora do blues, como Hugo Diaz e Larry Adler.

Desde 2006, Brenoski atua ativamente na cena soteropolitana, integrando grupos como  Lula Magalhães e Chocolate com Blues, Príncipe Cansado, H3O Harmônica Trio, Zona Harmônica e Muddy Town, além de projetos como Papo de Gaita, idealizado por Luiz Rocha, e Música no Porto, ao lado da banda Doug e os Estrangeiros. Em 2019, lançou seu primeiro álbum com música instrumental e foi finalista do Festival de Música Educadora FM.

SERVIÇO:

Lançamento do álbum In Vitro de Brenoski

Em todas as plataformas digitais

OUÇA AQUI: https://onerpm.link/174182561379 

Ficha Técnica In Vitro

Produzido por Martin Mendonça 

Gravado, mixado e masterizado por André T no Estúdio T

Vocal e Gaita Harmônica: Brenoski Libertae

Guitarra, violão e dobro: Ricardo “The Flash” Alves (exceto em Como é Bom Esse Blues por Alex Pantera)

Baixo: Cadinho Almeida (exceto em Proletário Médio por Alexandre Montenegro e Como é Bom Esse Blues)

Bateria: Felipe Dieder

Teclas: André T (exceto Proletário Médio por Christiano Macci)

Banjo em In Vitro: Gigito

Backing Vocals em Sombra e Água Fresca: Nancy Viegas

Pedal Steel em Laranja e Negro: Rick Ferreira

FAIXA A FAIXA

In Vitro é a faixa título, que encapsula o conceito de experimentação que permeia o álbum. Com um balanço que empresta elementos do countryblues e da música brega, a faixa trata das possibilidades em uma realidade lúdica. Em tom de canção de protesto, a música questiona o próprio conceito de realidade convidando a interagir em um grande experimento.
Sombra e Água Fresca é uma ode à pausa, à descompressão, à contemplação do simples no mundo, mesmo que por um momento efêmero. Composta inicialmente como tema instrumental, a letra veio em um segundo momento. Talvez por isso seja a música do disco com maior destaque para a gaita. Ela tem uma levada entre o country e blues, relaxada, mas com um groove dançante. 
Anormal é uma canção ao estilo Bob Dylan, de estética acústica, com letra extensa, harmonia simples e mensagem questionadora com o dedo em riste. Com os vocais se alternando a fraseados de gaita, a música propõe uma reflexão sobre coisas estranhas que acontecem no mundo contemporâneo e desfila toda estranheza desde questões geopolíticas ao comportamento cotidiano. 
Proletário Médio é um blues pop simples e direto. A letra aborda a questão da precarização do trabalho no contexto pós-moderno. Uma abordagem que podemos chamar de pós-marxista, onde a classe média é equiparada ao proletário num mundo pós-regulação e de direito precário.
Perfeitas Canções é uma balada melódica e sentimental que explora a crueza do mundo e suas densas demandas. É uma canção de autoamor que aponta para a necessidade do arrebatamento na vida. 
Laranja e Negro é uma balada country romântica que pinta um quadro psicodélico dos encontros e desencontros que marcam as trajetória de vida. Com a participação mais que especial do veterano Rick Ferreira, no lapsteel, a canção tem uma atmosfera lírica que emoldura o tom psicodélico de sua poesia.
Eu Vi o Diabo Nos Olhos é um blues acústico ao estilo tradicional de Robert Johnson. A letra brinca com dois polos sempre presentes na trajetória do blues, a religiosidade e a vida mundana. Mais além, a canção traz uma reflexão sobre a natureza do mal e sua inevitabilidade, não como tragédia, mas como sombra que faz parte do humano.
Te Quero Tão Bem é um blues rock acústico cortante. Com uma letra simples e repetitiva, a canção realça a tênue fronteira entre o amor e o tóxico. Os vocais dobrados em uníssono pela gaita e o agressivo solo de guitarra realçam o contraste que a letra evoca.
Como é Bom Esse Blues aborda o tema mais típico do blues, a tristeza. De forma animada a canção busca consolar o pobre coração e sua dor serena de desilusão. O contraste entre a tristeza e alegria chega a seu ponto alto com o verso de conclusão que dá título à faixa, como é bom esse blues.
Dia de Sol é uma balada de tom misterioso. Seus versos descrevem cenas em um dia de sol enquanto os arranjos remetem a uma atmosfera noturna. O contraste cria uma ambiente de psicodelia que orna o lirismo contemplativo da canção.
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