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Circuito Orlando Tapajós. Do Clube Espanhol, em Ondina em direção ao Farol da Barra.
Toda a alegria e descontração do tradicional grupo Paroano Sai Milhó estará presente no Fuzuê, neste sábado, dia 3. Para quem quer pular, dançar e cantar ao som de marchinhas junto aos 21 integrantes no aquecimento para o Carnaval, o encontro está marcado para às 16h, em frente ao Clube Espanhol.
O repertório conta com versões “paroanizadas” de clássicos da música como “Filhos De Gandhi”, “Ijexá” e “A Filha da Chiquita Bacana”. O desfile do grupo encerra a programação do evento com a irreverência que já lhe é característica.
Minibio – Ao lado de amigos que cantavam e tocavam percussão e instrumentos de cordas, Antônio Carlos Mascarenhas, o saudoso Janjão, fundou o bloco. A ideia era sair pelas ruas da Avenida Sete entoando cantos de alegria e liberdade.
Nascido no largo do Godinho em fevereiro de 1964, o grupo musical é composto por integrantes com diversas formações, quase todos profissionais liberais, e desde 1983 decretou a roupa de palhaço como figurino oficial.
“Vi o Paroano nascer, acompanhei e contribuí para seu desenvolvimento e o vejo chegar aos 60 anos continuando a fazer um carnaval diferente e singular, o que também me faz tê-lo como se fosse um filho, me dando orgulho e alegrias”, declara Chico Mascarenhas.
O nome do grupo surgiu quando Janjão tentava justificar as críticas sobre a participação e o figurino do Paroano na folia. Ele dizia sempre: ‘para o ano sai melhor’. A expressão agradou a todos e ficou decidido, então, que seria usado o nome grafado, de forma simples e o mais próximo possível da pronúncia do folião: Paroano Sai Milhó.
Importante dizer que, em fevereiro de 2024, o Paroano passou a ser o segundo grupo musical vocal mais antigo do Brasil, e em atividade por 60 anos ininterruptos, perdendo apenas para o paulista Demônios da Garoa.
“Ele foi fundado antes do Ylê Ayê, Olodum, Muzenza e outros. Registre-se, também, que o belo Afoxé Filhos de Gandhi foi criado em 1949, mas, infelizmente, experimentou uma interrupção de dois anos (1974 e 1975). Assim, podemos afirmar que a cidade do Salvador pôde contar, desde 1964, com as nossas tranças de vozes a ecoar em seus caminhos e trilhas uma saudável e feliz utopia”, relata Quico.
São João e Natal - No entanto, há mais de 26 anos o Paroano já não é mais unicamente um bloco carnavalesco, e, por isso mesmo, tem diversificado suas atividades. Atua também nos festejos de São João, 2 de julho e no Natal, além de eventos diversos, e sempre com repertório próprio para cada ocasião.
O grupo já gravou quatro CDs. O primeiro (1995) e o segundo (1999) composto de canções tradicionais da MPB e do repertório carnavalesco de todos os tempos, especialmente, do Carnaval baiano, como Colombina e Le Foudez Vous.
O terceiro (2002) é uma homenagem especial ao forró, e o quarto, intitulado Paroanizar o Que Há de Bom, lançado em 2007, contém canções da MPB executadas na sonoridade peculiar que distingue o grupo.
Destarte, lançou um livro biográfico intitulado Paroano Sai Milhó – histórias de amor à música, à alegria, às cores e à vida, escrito pelo médico Archibaldo Daltro Barreto Filho, mais conhecido pelos paroaneiros como Quico |