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Socorro! Neste modelo de sociedade tecnológica e globalizada, as novas gerações estão “soltas no espaço”. Por Afranio Silva Jardim

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Vamos ser breves. Consigno aqui o que tenho observado de forma crítica. Nada de novo, mas pouco falado. Refiro-me ao quanto volúveis se tornaram as novas gerações, influenciadas e manipuladas pelos interesses das grandes corporações mundiais.

A falta de uma consciência crítica torna os jovens “massa de manobras” de grandes projetos econômicos, lastreados em um “marketing” massivo e castrador.

Assim, tudo o que a grande mídia apresenta como “novo” é imediatamente incorporado ao dia a dia dos nossos jovens, que não percebem que estão sendo perversamente utilizados pelo grande capital internacional. O obscurantismo é um dos trunfos desta deletéria estratégia. Cultura geral ou humanista, nem pensar…

A moda deixou de ser um processo social natural e passou a ser dirigida por executivos das grandes corporações. Elas decidem se vamos assistir ao filme do “Homem Aranha” ou a mais uma franquia de “Guerra nas Estrelas”. Elas decidem se vamos caçar “pokemons” ou idolatrar um “cantor fabricado” por uma grande gravadora, que vai cantar no Fantástico ou no Faustão.

O fato é que, sem um ponto de reverência, sem conservar algo conquistado no passado como positivo, ficamos todos “soltos no espaço” e presas dóceis destas grandes articulações sociais e econômicas.

Nossos jovens estão sendo transformados em “zumbis”, que realimentam este perverso modelo de sociedade. Estamos a um passo do fascismo.

É preciso dizer aos meninos que os super heróis não existem e são mecanismos de fazer as crianças permanecerem em um “mundo de fantasia”, criando personalidades alienadas e maniqueístas. É preciso dizer para as meninas que as bonecas “LOL” são uma perversa enganação, forma de incentivar o consumismo e enriquecer empresários estrangeiros.

Os pais são também responsáveis por tudo isso. Muitos pais sucumbiram a esta realidade e não percebem os “monstros” que estamos criando.

Espero que eu esteja errado ou, ao menos, exagerando na minha análise. Entretanto, posso afirmar que a sociedade que se criará no futuro muito pouco terá de humana. Será uma sociedade de idiotas, como teria dito o grande Chico Buarque.

Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uer

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