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A Panacéia traz aos palcos de Salvador, como parte do projeto “Mulheres na História e Histórias da cidade” a trajetória inédita e cheia de força de Filipa de Souza, condenada pela Inquisição na Bahia, acusada de “sodomia”. Filipa, segundo documentação histórica, assume que se relacionou, afetiva e sexualmente, com diversas mulheres e arca com as consequências: é humilhada, açoitada publicamente e degredada. O texto da peça é inédito, escrito por Camila Guilera e Elisa Mendes, que também ocupam as funções de atriz e diretora, respectivamente.
Como explica Camila Guilera, que dá vida à personagem, “não sabemos nada mais sobre seu paradeiro após ser expulsa de Salvador, por isso, escolhemos o teatro para recriar a vida dessa personagem que tanto nos instiga, dando vazão a seus anseios e pensamentos”. Na encenação, a personagem, ao revisitar o seu período entre a prisão, sentença de humilhação, açoite público e degredo, faz uma digressão sobre a própria vida e defende que não tem do que arrepender-se, sabe que o desejo fez a sua vida possível, como uma mulher que, sendo livre em pensamento e alma, buscava “ O gosto profundo da vida”.
O espetáculo Filipa fica em cartaz todo mês de maio, com estreia no Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio 360, nos dias 10 e 11, às 19h e 16h, respectivamente, com entrada gratuita. As apresentações seguem para Sala do Coro do Teatro Castro Alves, nos dias 18, 19, 25 e 26 de maio sempre às 20h, com ingressos de R$30 inteira e R$15 meia entrada. A temporada termina no Espaço Boca de Brasa Cajazeiras nos dias 31 de maio e 01 de junho às 19h com o valor R$20 inteira e R$10 meia entrada. Em relação a acessibilidade, o espetáculo contará com tradução em libras no dia 11/05 e Tradução em Libras e Audiodescrição nos dias 25/05 e 01/06. Todos os espaços possuem acesso para cadeirantes.
A peça é uma realização d’A Panacéia - grupA de teatro, coletivo 16 anos de história, sempre composto exclusivamente por mulheres e que, nos últimos anos, vem se dedicando a pensar um fazer teatral alinhado aos feminismos. Dentro dessa perspectiva, escolhe como foco trazer para os palcos história de mulheres que marcaram a História, mas são por tantas vezes esquecidas, invisibilizadas, silenciadas. Nessa mesma direção, A grupA tem como princípio a constituição de equipes de trabalho exclusivamente femininas, dando espaço às trabalhadoras da cultura, também tantas vezes deixadas de fora ou em posições menos centrais nas criações artísticas.
A montagem do espetáculo Filipa integra o projeto “Mulheres na História e Histórias da Cidade”, contemplado pelo edital Gregórios - Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Ficha Técnica
Atriz: Camila Guilera
Dramaturgia: Camila Guilera e Elisa Mendes
Direção: Elisa Mendes
Trilha Sonora Original: Carla Suzart e Neila Kadhí
Figurino: Ramona Azevedo
Assistência de figurino: Márcia Azevedo
Coordenação de Costura: Guida Maria
Costureira: Márcia Azevedo e Mônica Mota
Cenografia - consultoria: Renata Mota e Laís Raña
Iluminação: Luciana Liege
Operação de luz: Luciana Liege e Letícia Aranha
Operação de som: Letícia Aranha e Lidiane Souza
Acessibilidade: (((Adart
Intérpretes de Libras: Aline Suzart e Beatriz Lopes
Roteiro e audiodescrição ao vivo: Adriana Urpia
Monitora - acessibilidade: Jurema Cruz Alves
Produção: Ana Luisa Fidalgo e Camila Guilera
Assistência de produção: Letícia Aranha e Lidiane Souza
Assessoria de imprensa e redes sociais: Daniele Rodrigues
Cards para redes sociais: A Panacéia e Daniele Rodrigues
Design: Suzane Lopes / @movimento1984
Fotos para divulgação: Nti Uirá
Realização: A Panacéia, grupA de Teatro
Serviço
Espetáculo Filipa
Classificação indicativa 14 anos
Sala do Coro do Teatro Castro Alves - R$ 30 inteira e R$15 meia entrada
18,19, 25 e 26 de maio às 20h
Boca de Brasa Cajazeiras - R$ 20 inteira e R$10 meia entrada
31 de maio e 01 de junho às 19h |