Vereadora Aladilce se reúne em Audiência Pública com segmentos da saúde mental
“Por uma política de saúde mental comprometida com os princípios da Reforma Psiquiátrica e com o SUS”. Este foi o título da carta redigida por representantes da luta antimanicomial e enviada à Secretaria Municipal de Saúde na última quarta (02), em audiência com o Secretário Leo Prates. No documento constam reivindicações e plano de ações relacionados à pauta da saúde mental para os próximos 6 meses.
A Ouvidora da Câmara Municipal, Aladilce Souza (vereadora pelo PCdoB), intermediou a atividade. “Nós temos o compromisso de marcar o debate sobre saúde mental na Câmara, e nos últimos 16 anos realizamos audiências para discutir políticas públicas para o segmento. É uma pauta que precisa ser ampliada, e que extrapole o âmbito da Secretaria da Saúde. Por isso, considero fundamental que a próxima gestão se empenhe em colocar em prática o que está sendo reivindicado no documento”, ressalta a parlamentar.
João Mendes, representante do Coletivo Baiano de Luta Antimanicomial, comentou sobre o documento. “Ressaltamos o investimento em formação de pessoal, em residências multiprofissionais e especializadas em psiquiatria; a solicitação de melhoria na estrutura física dos serviços; a necessidade de ampliação da rede de saúde mental em Salvador, com serviços 24h; e a solicitação de que a gestão construa o plano municipal de saúde mental para a cidade, que até hoje não existe”, comenta.
Outras pontos também são abordados na carta, como a regularização da aquisição e gerenciamento de medicação, a formulação de plano para novos serviços substitutivos (5 Serviços Residenciais Terapêuticos, 2 Centros de Convivência, e 2 Cooperativas de Economia Solidária), a conversão e requalificação de todos os CAPS tipo II em CAPS III, com redimensionamento da estrutura, equipe e projeto terapêutico visando garantir, prioritariamente, a atenção à crise.
Também participaram da reunião Elisleide Bonfim (AMEA – Associação Metamorfose Ambulante de Usuários e Familiares de Saúde Mental), Edna Amado (NESME – Núcleo de Estudos em Saúde Mental), Mônica Nunes (UFBA e o Projeto Gerar), além de usuários, professores universitários e demais representantes do movimento social. Elisleide pontuou a necessidade de diálogo permanente entre a gestão e os usuários. “Foi um compromisso assumido pelo Secretário de Saúde, e nós iremos acompanhar e cobrar, finaliza”.