Cachoeira completa hoje (13) 180 anos na categoria de cidade
Cachoeira está completando hoje (13), 180 anos desde que foi elevada à categoria de cidade por decreto imperial de 13 de março de 1837 (Lei Provincial 44). “A cidade é monumento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e é considerada como uma segunda capital do estado pela sua importância histórica, cultural e arquitetônica”, explica o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), João Carlos de Oliveira.
Todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual também transfere sua sede para Cachoeira, num reconhecimento histórico pelos feitos da cidade em prol do país, via Lei Estadual nº10 695/07. Na cidade, o IPAC coordenou o programa Monumenta do IPHAN/MinC que recuperou dezenas de imóveis, monumentos, igrejas e duas orlas fluviais (Cachoeira e São Félix). Cachoeira foi a cidade brasileira que mais recebeu recursos do Monumenta. Igrejas do Monte e da Matriz, Convento do Carmo e Cineteatro Glória foram alguns dos importantes imóveis restaurados.
LIVROS e DOCUMENTÁRIOS – Através da coordenação do IPAC/Monumenta foi restaurado e entregue ainda o atual prédio do Centro de Artes Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. “Além disso, o IPAC atua na região já que tem bens culturais protegidos, como a Festa da Boa Morte (Cachoeira) e doze terreiros (Cachoeira e São Félix)”, completa João Carlos. Ele ressalta que livros e vídeos-documentários sobre terreiros e a Boa Morte também foram produzidos pelo IPAC.
No ano passado, o IPAC repassou materiais para obras prediais em dez terreiros que receberam o ‘Registro Especial’ para contemplar os espaços físicos e os bens simbólicos desses locais. Outra iniciativa do IPAC na cidade de Cachoeira é a ação-piloto do programa de residências artísticas, criado via parceria com a Fundação Cultural do Estado (FUNCEB), ambos órgãos da secretaria estadual de Cultura (SecultBA). O apogeu da cidade ocorre nos séculos XVIII e XIX, quando seu porto escoava a produção agrícola do Recôncavo. No início do século XX, a economia entra em declínio.
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