Aldeia Nagô
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A banalização das delações. Por Claudio Guedes

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Claudio_Guedes

O episódio de queda de Delcídio do Amaral, ex-senador do PT, mas sempre mui próximo dos tucanos – começou sua vida política operando para o esquema montado pelo PSDB nas subsidiárias da Petrobras para irrigar candidaturas & bolsos da tucanada – foi largamente explorado nas mídias contra Lula e Dilma.

Prisão e cassação em tempo recorde, por tentativa de obstrução da justiça. Afinal era um político ligado ao PT, ainda que de forma um tanto artificial,tanto que tucanos e peeemdebistas se empenharam mais em tentar salvá-lo da debacle do que seus colegas petistas no Senado … coisas da política tupiniquim.

Aécio Neves, também senador da República, presidente do PSDB, foi pego em flagrante delito, vendendo-se a um empresário envolvido em negócios & negociatas com políticos, e nada com ele aconteceu. Está liso e solto aprontando de novo, como senador da República … como sempre fez.

Agora, o Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu, ontem (1/09), a absolvição do ex-presidente Lula e do banqueiro André Esteves, dono do BTG, no caso da alardeada tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Os investigadores concluíram que não há provas de que eles, Lula e Esteves, tenham participado do esquema criminoso.

A Procuradoria recomendou neste caso a perda dos benefícios da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral.

É pouco.

Importa mesmo é saber quem pôs a delação na voz do arrasado Delcídio? O político foi pego tramando um crime, estava derrotado, na lona, quem o convenceu a denunciar Lula e o banqueiro? Quem aceitou a denúncia uma vez que a mesma parecia, desde o primeiro momento, inverosímil? Por que o fez?

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