Aldeia Nagô
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Baile Experimento apresenta: Coro de Rua

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CORODERUA

Acontece em Salvador, nos dias 26/11 e 10/12, a ocupação sonora Baile Experimento apresenta: Coro de Rua. O projeto conecta a cidade com a cultura dos sistemas de som jamaicanos e levará para as escadarias da Barroquinha, antiga rua do Couro, a cantora e compositora baiana Lívia Nery, com a amplificação dos parceiros do Ministereo Público Sistema de Som equipados com o seu paredão Sound System. Cada edição ainda conta com convidados locais e nacionais.

Com início sempre marcado para as 15h e aberto ao público, a primeira edição (26/11) contará com as participações da cantora soteropolitana DanziLoveJah e a pernambucana Karina Buhr. Já no dia 10/12, os convidados são os representantes do rap local Vandal e Áurea Semiséria, e o carioca BNegão.

Além das atrações musicais, o projeto também inclui feira de vinil, espaço de alimentação e artesanato, além do pôr do Sol e a energia que o centro traz ao público.  Coro de Rua é uma ocupação urbana que pretende reforçar o centro da cidade como um lugar vivo, e busca amplificar esta vitalidade e suas vozes através da arte de rua e da música.

A proposta é homenagear a tradição do espaço – a eterna Rua do Couro  –  que ainda permanece no imaginário Soteropolitano, além  dos sujeitos e identidades plurais que nele transitam, vivem, e o constroem cotidianamente. Idealizado pela Noarr Cultura e Conteúdo em parceria com a Giro Planejamento Cultural o Coro de Rua conta com a  realização da prefeitura de Salvador através do Edital Arte Todo Dia Ano III, da Fundação Gregório de Mattos.

Um coro de vozes unindo Jamaica e Salvador

A cantora baiana Livia Nery é anfitriã das duas edições. Soteropolitana, ela realiza um laboratório de experimentação musical, onde cruza música urbana com soul e cancioneiro popular do Brasil, tendo a música jamaicana também como inspiração. Livia estará à frente do microfone cantando e recebendo participações especiais.

Na primeira edição (26.11) participam as cantoras Karina Buhr e  DanziLoveJah, A baiana Danzi se inspira nos ensinamentos de Rastafari e aponta nas suas composições para a necessidade de uma consciência social, política e espiritual libertária. Karina Buhr promete uma performance unindo os tambores ao sound system, a partir de  sua pesquisa com maracatu e ritmos populares do Nordeste. A pernambucana é um dos nomes mais atuantes da cena contemporânea brasileira e seu último trabalho lançado foi o disco Selvática, em 2016,

No dia 10/12, os convidados são ligados ao hip-hop: a artista soteropolitana Áurea Semiséria, representante original de Cajazeiras, apresenta suas rimas contundentes empoderando mulheres e sua comunidade; Vandal, nome forte da nova música baiana com sua música que fisga pela entrega em suas performances. O Mc utiliza amplas vertentes da bass music mundial como o drill e o grime, tudo isso mesclado a estilos regionais. Destaque para sua mixtape TIPOLAZVEGAZH lançada em 2015. A participação nacional fica por conta de BNegão, considerado um dos principais e mais criativos rappers do Brasil. O MC do Planet Hemp segue carreira solo desde 2003, e TransmutAção, seu terceiro disco, passeia pelo dub, percussão de terreiro, funk, rap, surf rock, samba-jazz, gafieira e ciranda.

Sound Systems

Os Sistemas de som são a base Sonora do Coro de Rua, inspirado na tradição de rua vinda da Jamaica. Neste país, berço do reggae – que é também muito popular na nossa capital – donos de lojas de disco edeejays colocavam seus sistemas de som na rua como forma de divulgar a música produzida localmente e para o divertimento de quem não podia frequentar festas em clubes, nos anos 50.

Este costume acabou gerando uma cultura mundial, onde pessoas se aglomeram em frente ao sistema de som para sentir a pulsação dos ritmos jamaicanos e se divertir.  Semelhanças aproximam esta tradição da Bahia, que possui seus próprios sound systems em forma de trio elétrico, carros de som e carrinhos de café.

O Ministéreo Público Sistema de Som foi a primeira equipe de Sound System de Salvador, especializada em reggae, dub, ragga, dancehall e jungle. O coletivo vem ocupando as ruas, praças, bairros e casas noturnas das cidades baianas desde 2005, com o intuito de popularizar e fortalecer a Cultura de Sistema de Som. O time comandará as pick-ups e levará seu paredão de som para as duas edições do projeto.

Serviço:

O quê: Coro de Rua – ocupação sonora do centro da cidade

Quando: Dias 26/11 e 10/12, a partir das 15h

Onde: Rua do Couro, Escadaria da Barroquinha, Salvador.

Quanto: Evento aberto ao público

Atrações:

26/11 – Livia Nery (BA), DanziLoveJah (BA), Karina Buhr (PE)

10/12 – Livia Nery (BA), Aurea Semiséria (BA), Vandal (BA), BNegão (RJ)

 


Release dos participantes:

LIVIA NERY

Livia Nery é cantora e compositora nascida em Salvador, Bahia. Realiza um laboratório caseiro de experimentação musical, onde cruza música urbana com soul e cancioneiro popular do nordeste brasileiro. Brincando com teclado, sampler, voz e loop stations, Livia aprendeu a tocá-los a sua maneira, dedicando-se integralmente à criação musical ao longo dos últimos anos.

Desde 2014, a cantora tem se apresentado em Salvador, onde mora atualmente, e também em Buenos Aires, Chicago, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife em shows solo ou com banda. Em 2017 foi atração dos Festivais Coquetel Molotov Bahia e Festival Radioca.

Em abril de 2016, participou do PULSO2016, residência artística da Red Bull Station em São Paulo. Junto aos conterrâneos Junix, João Meirelles e Mahal Pitta e Filipe Cartaxo, ocupou durante um mês as instalações do prédio, apresentou dois showcases e gravou duas faixas gravadas para a coletânea PULSO2016.

DANZI LOVE JAH

Danzi Love Jah é Cantora e Compositora Reggae, nascida em Salvador/BA – Brasil. De personalidade reservada e introspectiva, escrever sempre foi sua forma de dar ao mundo a sua contribuição reflexiva.

Inspirada pelas vibrações, princípios e ensinamentos de Rastafari, Danzi começou a compor suas primeiras canções pouco antes de 2009.

Sua música aponta para a necessidade de uma consciência social, política e espiritual, que venha a contribuir para a libertação, educação, fortalecimento e auto conhecimento de eu & eu, Mulher-Homem-Criança, em África e na Diáspora.

Ao vivo, Danzi Love Jah desenvolve um forte trabalho com Jahfreeka Soul, uma banda Roots Reggae, original de Salvador-Bahia-Brasil.

https://soundcloud.com/

VANDAL

Nome forte da nova música baiana, vem trazendo sentido direto à liberdade de expressão e transformando tudo de verdadeiro na sua vida em música. Visceral, direto, apaixonado e realista, sua música fisga pela entrega física em suas performances. Se vale de amplas vertentes da bass music mundial como o drill e o grime, tudo isso mesclado a estilos regionais, fazendo assim uma contemporânea proposta ligada ao rap.  

lançou em 2015 a mixtape intitulada TIPOLAZVEGAZH e vem trabalhando incansavelmente no cenário musical com shows e participações com bandas como a BAIANASYSTEM.

KARINA BUHR

Selvática é o terceiro disco autoral solo de Karina Buhr, na sequência de Longe de Onde (2011) e Eu Menti pra Você (2010). Lançado no final de 2015 em São Paulo e Nova Dehli (Índia), segue em turnê nacional.

De 2011 a 2015 Karina circulou com os shows Longe de Onde e “Secos e Molhados” (com repertório do álbum homônimo de 1973) e em 2014 fez turnê européia passando pelo Palau de La Musica em Barcelona, Madri (El Matadero), Porto, Lisboa, Berlim e Paris.

Em 2015 estreou na literatura com Desperdiçando Rima (editora Rocco), livro de poesias, crônicas e ilustrações. Foi autora convidada da FLIP 2015 para mesa com Arnaldo Antunes e mediação de Noemi Jaffe.

Atualmente apresenta o Sarau Desperdiçando Rima, espetáculo de poesia e música baseado no livro

Em 2012 foi indicada ao VMB nas categorias “melhor disco”, “melhor música” e “melhor artista feminino”. No 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, ganhou o prêmio de melhor trilha sonora pelo filme “Era uma vez eu, Verônica”, de Marcelo Gomes e foi finalista do Prêmio Bravo, entre os 3 melhores shows brasileiros, ao lado de Gal Costa e Marisa Monte. Em 2011 entra, pelo segundo ano consecutivo, nos “Top 10? discos lançados da revista Rolling Stone e se apresenta no lendário festival Roskilde, na Dinamarca.

Em 2010 ganhou o prêmio de Artista do Ano da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), figurou entre os “Top 10? disco e músicas, da revista Rolling Stone, tocou na Womex, feira mundial de música independente, em Copenhague e foi indicada a “artista revelação” do ano no VMB e “melhor cantora” no Prêmio Música Digital. Ainda em 2010 participou do lançamento da Caixa Preta de Itamar Assumpção, com o show do disco “Intercontinental”, com participações de Elke Maravilha e Denise Assunção.

Em 2012 criou o fanzine digital Sexo Ágil e desde então lança uma nova edição a cada 8 de março, junto com a designer Camila Fudissaku.

Karina começou a tocar percussão e cantar em 1992 no maracatu Piaba de Ouro, integrando depois o maracatu Estrela Brilhante do Recife.

Foi integrante da banda Eddie e participou de muitos projetos de outras bandas e artistas como Mundo Livre S/A, Chico Science e Nação Zumbi, DJ Dolores, Antônio Nóbrega, Erasto Vasconcelos, Naná Vasconcelos, Mestre Ambrósio, Cidadão Instigado, Bonsucesso Samba Clube, bandinha de pífanos Zabumba Véia do Badalo, Marina Lima e muitos outros.

Em 1997 criou a banda Comadre Fulozinha e gravou os discos “Comadre Florzinha” (1999), “Tocar na Banda” (2003) e “Vou Voltar Andando” (2009).

São muitas as participações em trilhas sonoras para cinema e teatro como Deus é Brasileiro (Cacá Diegues), O Pequenino Grão de Areia (João Falcão), a peça e o filme A Máquina (João Falcão), Enjaulado (Kléber Mendonça Filho) e Sexta Série (Cecília da Fonte).

No ano 2000 passa a integrar o Teatro Oficina, como cantora, atriz e compositora. De 2003 a 2007 participou da montagem completa de Os Sertões, com temporadas em São Paulo, Berlim (Volksbühne – 2005), Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Quixeramobim e Canudos.

BNEGÃO

Considerado um dos principais e  mais criativos rappers do Brasil, o MC do Planet Hemp (banda com a qual alcançou a marca de 1.000.000 de cds vendidos), lançou no final de 2003, de forma independente, seu primeiro disco-solo, Enxugando Gelo, com a sua banda os Seletores de Frequência.

Reconhecido como um dos melhores lançamentos daquele ano, Enxugando Gelo ganhou, entre outras menções, o prêmio de “melhor disco de rap/black music” de 2003 pelo Prêmio Dynamite, o maior da música independente no Brasil.

Em 2004, BNegão foi contemplado com o prêmio “Orilaxé”, numa grande votação promovida pela O.N.G. Afro-Reggae, como “melhor cantor de Black Music” de 2004 e seu cd “Enxugando…” foi citado pelo jornalista Daniel Brown, um dos maiores especialistas em  música da Europa, como um dos 5 principais lançamentos daquele ano em todo o mundo.

Em 2007, lançou o cd “Baile Bass”, com o Turbo Trio (projeto com os produtores Tejo Damasceno e Alexandre Basa).

Após realizar vários shows por todo país e pelo Velho Continente (14 tours pela Europa, entre 2004 e 2011), o rapper lança o aguardado (e lendário) segundo cd dos Seletores de Frequência, que foi lançado em 2012, disco Sintoniza lá que foi produzido pelo próprio BNegão e teve a maioria de suas faixas compostas e arranjadas em parceria com os outros integrantes da banda – Pedro Selector, Fabio Kalunga, Fabiano Moreno e Robson Riva – o que garantiu uma perceptível unidade ao trabalho, esse disco um dos mais premiados, onde ganhou como melhor disco do VMB.

Em 2012, fez uma aparição internacional no encerramento das Olimpíadas de Londres, com transmissão mundial (para estimadas 4 bilhões de pessoas) ao lado de Marisa Monte e Seu Jorge.

TransmutAção, é o terceiro disco da carreira de BNegão e sua banda   lançado em 2015 e vem cheio de força na retórica. “Dias luminosos virão, dias trevosos estão”, diz o rapper. O resultado das novas alquimias sonoras dos Seletores de Frequência passa pelo dub, percussão de terreiro, funk, rap, surf rock, samba-jazz e até gafieira e ciranda. A música segue viva e pulsando, na batida da mudança: TransmutAção é a palavra-chave.

BNegão já gravou , e tocou ,como convidado, com alguns dos principais músicos do Brasil e do mundo, entre eles ,Tony Allen(Fela Kuti e The Good, The Bad,The Queen and The Princess), Public Enemy, Manu Chao, Afrika Bambaaata, Skatalites,Nação Zumbi, J.T.Meirelles, Bernard Purdie ,Sepultura, Macaco,Slackers, New York Ska Jazz Ensemble, Raul de Souza ,Elza Soares e Robertinho Silva.

MINISTEREO PÚBLICO

Sob a inspiração de uma das mais sólidas tradições propagadas no mundo, surgida na Jamaica, nos anos 50, a Cultura dos Sound System, o Ministereo Público é a primeira equipe de som de Salvador especializada em reggae, dub, ragga, dancehall e jungle. A equipe vem ocupando as ruas, praças, bairros e casas noturnas das cidades baianas, com o intuito de popularizar e fortalecer a Cultura de Sistema de Som. Idealizadores do Projeto Sócio-Cultural “Mutirão Mete Mão”, juntamente com o 071 Crew (grupo de Graffiteiros), realizam Work Shops e apresentações, já passaram por diversos bairros periféricos em Salvador e em cidades como Juazeiro, Vitória da Conquista, Ilhéus, Cachoeira e Feira de Santana. A Equipe de Som realiza também, há 7 anos um baile temático, inspirado nos bailes jamaicanos do início da década de 80, a Quintas Dancehall. O Ministereo Público Sistema de Som, já dividiu palco com grandes nomes da música Reggae, Dancehall entre outros, nacionais e internacionais como Eek-a-Mouse, Mano Chao, Mad Professor, YT, Martin Campbell, BNegão & Seletores de Frequência, Natiruts, The Congos, Céu, Alpha Blond, Ponto de Equilíbrio, Dj Yellow P (Dubversão), Lucas Santana, Lazzo Matumbi, Russo Passapusso, Buguinha Dub, Joe Ariwa, Max Romeo, Channel One, Million Stylez…

A Equipe de Som pode se apresentar com duração de 2h a 6h, pode estar no Palco Principal ou em uma tenda independente com sua própria estrutura, o Sistema de Som.

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