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Aldeia Nagô
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Burguesia, raça FDP. Por Sergio Alarcon

2 - 3 minutos de leituraModo Leitura

Até onde aprendi nos meus tempos de faculdade de filosofia, nas aulas que tive com o grande Gerd Bornheim (que, por sinal, também foi professor de Leandro Konder), o materialismo dialético exige uma análise concreta da realidade concreta. Isso significa compreender o momento histórico, as forças em disputa e os limites impostos pela correlação de forças. Criticar um aspecto conjuntural sem considerar a totalidade que o determina não é apenas um erro metodológico – é um erro político.

Um equívoco frequente em parte das críticas que nossa esquerda (especialmente a que se utiliza do materialismo dialético) dirige ao governo, especialmente a Haddad, é desconsiderar como os governos anteriores estruturaram um cenário que mantém a inflação pressionada e, por consequência, um BC também pressionado. A privatização da Eletrobras, o fatiamento e a venda parcial da Petrobras, a destruição da capacidade reguladora do Estado sobre os preços dos alimentos – ao privatizar os armazéns de estoque -, somados à independência do próprio Banco Central, formaram uma estratégia clara para minar a intervenção estatal (segundo a estapafúrdia ideia de “Estado mínimo”) e consolidar um modelo econômico voltado ao rentismo.

A elite neoliberal sabe que a inflação no Brasil é fortemente impactada por preços administrados, como energia, combustíveis e alimentos. Ao desmontar os instrumentos regulatórios do Estado e tornar o BC independente, tentaram bloquear qualquer possibilidade de retomada do desenvolvimentismo associado a um Estado de bem-estar (o bozismo chama de “comunismo”), que sempre norteou os governos petistas. Com isso, ampliaram a vulnerabilidade inflacionária do país e dificultaram qualquer tentativa de reindustrialização e crescimento, ao estruturar um modelo feito para favorecer – repito com outras palavras para ficar claro – o capital financeiro.

A estratégia do governo Lula inclui a reconstrução da capacidade de regulação, o fortalecimento de políticas de controle de preços estratégicos e a recomposição dos estoques reguladores de alimentos. Ao mesmo tempo, busca atacar as consequências do laissez faire, da selvageria neoliberal, por meio da chamada “economia de guerra”, que também pressiona a inflação, mas melhora a vida cotidiana da população – com aumento real de salários, redução do desemprego (chegamos ao pleno emprego) e forte financiamento para a reindustrialização.

As medidas para suavizar choques inflacionários sem depender exclusivamente de juros altos não são nem simples nem rápidas. Enquanto as contradições não forem equacionadas, o BC continuará agindo sob sua perspectiva conservadora. Mas a retomada de um modelo que alie crescimento econômico e estabilidade sempre foi e continua sendo o objetivo central, e os materialistas dialéticos têm tudo para diagnosticar tudo isso com facilidade – logo eles chegam lá…

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