Aldeia Nagô
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Domingueiras XLVII. “E agora, José?”. Por Sérgio Guerra

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Infelizmente, confirmou-se o já sobejamente previsto, posto que após a “absolvição” de Aécio se deu, também a “negação da autorização” para que o Supremo abrisse o processo de investigação do presidente golpista Temer por mais uma série de crimes.

Deste modo, considerou-se que nunca houve conversas não republicanas, conforme os parlamentares, do Senado e da Câmara de Deputados, nesta ordem, além de “empréstimos suspeitos” e “malas de dinheiro”, carregadas, gravadas e filmadas pelas ruas e “porões do Jaburú”, entre pessoas e personalidades políticas dos mais altos escalões da república.

Resta o consolo de “quando acabar o seu mandato”, em 2018 (?), o presidente interino será julgado pela justiça comum, posto que perderá o chamado “foro privilegiado” e, assim, poderá (?) ser enfim julgado e quiçá condenado, pela justiça comum. Ainda para os otimistas vale lembrar que a cada votação nas casas legislativas do Brasil, o governo vem perdendo, cada vez mais votos, o que desgasta o “seu poder de compra” ao tempo em que a aproximação das eleições no próximo ano, gera, cada vez mais desconforto, para sua “base aliada”, preocupada com o julgamento do eleitorado que pode advir de maneira avassaladora, contundente e radical.

Passada esta nova “temporada de caça”, aos votos de senadores e deputados, o governo deverá, enfim, voltar a seu papel de “condutor do processo das reformas”, já de per sí bastante comprometido na sua integridade, tanto pelo medo de “contaminação de seus comprados deputados e senadores”, bem como pelo medo de julgamento do seu eleitorado, posto que o prestígio do presidente anda beirando a casa do traço ou mesmo do zero, em todas as pesquisas de opinião pública, um dos mais prestigiados balizadores e sinalizadores do processo eleitoral, único momento definitivo e temido dos parlamentares, eternos candidatos a sucessivas reeleições.

Enfim, o retorno “a normalidade” da vida parlamentar, apresentar, discutir e, principalmente, votar leis e normas que devem regular a vida política nacional, deve propiciar aos membros das casas legislativas brasileiras, em todos os níveis, o exercício mais transparentes de sua atividade principal e quiçá um relaxamento maior, posto que os “julgamentos” do presidente (Fora) Temer, se constituíram sem dúvida de um dos momentos mais tensos e decisivos da vida de muitos desses eleitores, visto que se encontravam na mira do polarizado eleitorado brasileiro que vive nos últimos anos  ide grande dramaticidade.

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação – BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio  IZO
Cronista do site “Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina”.
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