Estúdio África cria fundos decorativos com contextos africanos em feira livre de Salvador
Os fundos decorativos foram produzidos pelo artista plástico baiano Eder Muniz (Calangos), reconhecido pelo seu trabalho com o grafite. Foi sugestão dele que a tomada de fotos para a Coleção acontecesse em Castelo Branco, bairro onde mora e se pode ver muitos dos seus trabalhos expostos nos muros, por entender que é nas comunidades que a presença negra pulsa no cotidiano da cidade. Para compor as telas, o artista usou técnicas com spray, tinta acrílica e caneta posca.
Na terça-feira, dia 10/10, os fundos decorativos serão instalados no espaço externo do Espaço Cultural Barroquinha como pontos de selfie para que a população possa interagir de forma espontânea com eles. A instalação coincidirá com diversas atividades culturais que estarão acontecendo no mesmo espaço e arredores ao longo do mês de outubro.
Mostra de Fotografia Africana e da Diáspora
As ações do Estúdio África culminam em uma mostra, com curadoria de Goli Guerreiro, que apresenta uma projeção de fotografias africanas, dos retratos daColeção Castelo Branco, e um minidocumentário que registra o processo da criação dos fundos decorativos e a tomada de fotos. O evento será aberto a todos os públicos no Espaço Cultural Barroquinha, dia 21 de outubro, e no dia 27 na Escola Municipal Dona Arlete Magalhães, em Castelo Branco. Na ocasião das mostras, os retratados terão acesso à sua fotografia impressa.
Instalados na Praça Mestre Gude, os fundos africano-baianos pintados por Eder Muniz e amparados na pesquisa em antropologia estética de Goli Guerreirodialogam com a performance de rua do Carrinho Multimídia de Ana Dumas que reproduz um repertório de músicas africanas enquanto, munida de um microfone, veicula pílulas orais de informações sobre a história cultural da África. Os retratos da Coleção Castelo Branco são tomados pela experiente fotógrafa Arlete Soares, fundadora da Editora Corrupio, cujo catálogo é dedicado ao mundo negro. Por fim, a linguagem audiovisual faz o registro de todo este processo em formato de minidocumentário, sob o olhar de Diogo Nonato.
Suscitando interesse por novos formatos estéticos da fotografia, para além das selfies, o Estúdio África lança mão do interesse pela fotografia para difundir conhecimento sobre repertórios artísticos africanos e contribuir com a renovação do imaginário da população soteropolitana no que diz respeito à África. O projeto teve recursos do Edital Arte Todo Dia Ano III, da Fundação Gregório de Mattos – Prefeitura de Salvador.
SERVIÇOS – Estúdio África
Fundos decorativos em Castelo Branco
Dia 08 de outubro de 2017 (domingo), de 8h às 12h
Na Praça Mestre Gude (junto à Feira Livre de Castelo Branco, na Rua Genaro de Carvalho, esquina com a Rua Vitorino Alves Moitinho – 1ª etapa de Castelo Branco)
Com Arlete Soares (fotografia) e Ana Dumas (Carrinho Multimídia)
Instalação pontos de selfie na Barroquinha
Dia 10 de outubro de 2017 (terça-feira)
No Espaço Cultural Barroquinha (Rua do Couro, S/N)
Os fundos decorativos ficam expostos até o dia 28 de outubro no local.
Mostra de Fotografia Africana e da Diáspora
Dia 21 de outubro de 2017 (sábado), às 17h
No Espaço Cultural Barroquinha (Rua do Couro, S/N)
Entrada livre
Dia 27 de outubro de 2017 (sexta-feira), às 10h30 e às 16h
Na Escola Municipal Dona Arlete Magalhães (R. Vitorino Alves Moitinho, S/N, Castelo Branco)