Fábrica de Lágrimas de Sereia na Ilha de Itaparica
Depois de enfeitiçar a todos em Salvador e vender suas lágrimas na Festa de Yemanjá e na Barra, a sereia, encarnada pela artista Elizabeth Doud, dá seguimento à sua missão neste final de semana e no próximo, na ilha de Itaparica. Neste sábado, 17.02, se apresenta das 10h às 15h na praça de Mar Grande; amanhã, domingo, 18.02, em Itaparica às 10h, em Ponta de Areia e Amoreiras a partir das 15h; e no próximo sábado, 24.02, a partir das 10h, faz uma passeata de bicicleta em massa, que sai de Barra Grande às 15h, da Igreja da Penha. Todo o público está convidado acompanhar a sereia na passeata em prol da proteção de nossos mares e por uma ilha sem lixo!
A sereia oferece às pessoas suas lágrimas como uma cura milagrosa para os males do humano contemporâneo
Em um palco sobre rodas, puxado por uma bicicleta, a sereia é encarnada pela artista Elizabeth Doud, que idealizou e encena essa pequena obra performática de rua, que conta a história dessa sereia contemporânea que vem à terra para fazer uma denúncia e conquistar os corações humanos. O projeto é parte de uma pesquisa de doutorado do Programa de Pós-Graduação de Artes Cênicas da UFBA, que conta com a orientação da professora Suzana Martins, e que contempla a performance como ferramenta para responder as grandes crises climáticas e ambientais do mundo de hoje.
A sereia, com texto, movimento e uso de objetos, apresenta uma visão absurda, cômica e terrível dos danos que estamos sofrendo.
Ela sai das águas com a missão de denunciar o estado dos oceanos depredados e o pouco cuidado que o ser humano tem com o mar, onde, por exemplo, joga lixo plástico, que demora séculos para se decompor. Ela é uma sereia vigilante, uma mistura de professora-ativista-vendedora, uma pós-moderna super-heroína descendente de Iemanjá que vive em uma tenda na praia e anda pelas ruas em bicicleta, já que o mar não é mais habitável.
A “Fábrica de Lágrimas de Sereia”, performance por Elizabeth Doud, é uma investigação e meditação sobre a figura mitológica da sereia, o plástico, o mar e a nossa sobrevivência em um momento onde o equilíbrio ecológico dos oceanos está cada vez mais ameaçado. A peça aborda, principalmente, a poluição de plásticos e o aquecimento dos oceanos do mundo pela criação de uma narrativa inspirada nos mitos das sereias e no orixá Iemanjá, para elaborar narrativas e metáforas que falam pontualmente dessas questões complexas de ordem global.
O projeto “Fábrica de Lágrimas de Sereia” foi contemplado no edital 22/2016 – Setorial de Teatro da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Apresentações na Ilha de Itaparica
· Mar Grande (praça) – 17 de fevereiro – das 10h às 15h
· Itaparica, Ponta de Areia e Amoreiras – 18 de fevereiro – Itaparica às 10h, Ponta de Areia e Amoreiras a partir das 15h
· Barra Grande – 24 de fevereiro – a partir das 10h – passeata de bicicleta em massa – sai de Barra Grande às 15h, da Igreja da Penha – todo o público está convidado acompanhar a sereia na passeata em prol da proteção de nossos mares e por uma ilha sem lixo!