Festas e manifestações populares e tradicionais da Bahia. Cortegil. Por Sergio Guerra
Confesso que o peso da idade, e da enormidade do Carnaval da Bahia, me tem feito pensar em ficar em casa, pelo menos de vez em quando, e a variedade dos festejos momescos que dominam o Brasil, reproduzidos, ainda que aligeirada e noticiosamente, nas redes de televisões e na internet.
Entretanto, o apelo das ruas ainda me arrastam para enfrentar as multidões, apesar das dificuldades de chegar em casa, cada vez maior e mais confusa e custosa.
Assim, para calar definitivamente, aqueles que ficam em casa e assistem as grandes e repetitivas matérias das grandes empresas de comunicação que só tem olhos para os grandes empreendimentos comerciais e suas manifestações padronizadas em busca do lucro da venda fácil e ainda insistem em ver uma “mesmice” no Carnaval mais diversificado do mundo, faço emocionado o registro do que acabei de ver agora.
Destarte, nesta segunda-feira, finalmente, abandonei minhas resenhas esportivas, futebolísticas, principalmente, e senti a bela sedução da TVE, e me perdi a delirar, extasiado, com o “CORTEGIL”, em uma mais do que justa homenagem do Cortejo Afro ao belo, grande e terno músico, poeta e interprete da afro-baianidade, o nosso iluminado Buda Nagô, Gilberto Gil
Assim, a “elegância sofisticada” do Cortejo Afro, Saravá Alberto Pita, Claudia Costa, o maestro Aldo, inumeráveis cantor@s e músic@s, corais e orquestras, além, claro do homenageado, que acompanhados por grandes percussionistas e do belíssimo público presente, fizeram uma noite inesquecível de arte, beleza e pura emoção, digna de ser gravada e revista, eternamente, pois este é um dos grandes momentos de nossa cultura, de nossa arte e fé, principalmente, porque, como diz o eterno e sempre iluminado poeta: “a fé não costuma falhar!”.