Aldeia Nagô
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Ilê Aiyê comemora 44 anos com campanha de crowdfunding para seus projetos de educação

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Bloco afro mais antigo do Brasil, o Ilê Aiyê tornou-se o mais belo dos belos ao inaugurar na avenida um novo tempo de exaltação da estética negra.

Transformou-se num símbolo do Carnaval de Salvador, ícone de resistência na luta contra o racismo e vem encantando o mundo com o som dos seus tambores e canto único. Mas ao completar 44 anos neste dia 1º (hoje), a entidade quer chamar atenção para uma faceta do seu trabalho bem menos conhecida: o atendimento diário a crianças por meio das suas escolas Mãe Hilda e Band’Erê.

“As comemorações pelos 44 anos do Ilê estão voltadas para o lançamento da nossa campanha de financiamento coletivo. A nossa escola de arte-educação Band’Erê está parada há mais de um ano e a Escola Mãe Hilda este ano só teve como funcionar com 50 vagas. Essa realidade, que é resultado de toda dificuldade que passamos, impactou a vida de muitas crianças e suas famílias”, comenta Vovô, presidente do Ilê Aiyê.

 Até 2016, a Escola Mãe Hilda, criada em 1988, atendia 240 alunos entre 7 e 12 anos. A capacidade de atendimento só fez crescer ao longo desses 29 anos até chegar a esse número de vagas, com exceção desse ano de 2017, em que a escola, que oferece educação para os níveis Educação Infantil e Ensino Fundamental nos turnos matutino e vespertino, só conseguiu abrir 50 vagas.

 Já a Band’Erê, em funcionamento desde 1992, atendia 100 crianças até ano passado, quando as atividades tiveram que ser interrompidas sem previsão de retorno. A escola oferece aulas de percussão e propicia o acesso ao mundo da cultura negra produzido pelo Ilê Aiyê. São trabalhados conteúdos de cidadania, história, literatura, saúde corporal, percussão, dança, canto e coral. Entre suas missões, está o resgate e expansão dos valores culturais de origem africana.

 Tanto a Escola Mãe Hilda quanto a Band’Erê trabalham com material pedagógico específico, em consonância com a Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Basta dizer que muitos percussionistas e vocalistas que atuaram e atuam no Ilê são oriundos da Band’Erê. Não foram poucos os que, da percussão e do canto, ganharam uma profissão e hoje estão defendendo e vivendo da sua arte pelo Brasil e pelo mundo.

 A campanha “Sou Ilê o ano inteiro” se estende até 1º de janeiro de 2018. Os interessados podem acessar o site KIckante e escolher com qual quantia contribuir. Cada um dos contribuintes ganhará uma recompensa um mês após da finalização da campanha.

Acompanhe a campanha “Sou Ilê o ano inteiro” nas redes sociais do ILÊ AIYÊ:

– Facebook: www.facebook.com/ileaiye

– Instagram: @blocoileaiye

https://www.kickante.com.br/ca


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