Aldeia Nagô
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Mais de 50 casarões são beneficiados com a reforma dos Largos do Pelourinho

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Casarro

Mais de 50 casarões (fotos anexas) nos limites dos largos Tereza Batista, Pedro Archanjo e Quincas Berro D’Água, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador (CHS), são beneficiados com a reforma desses espaços que abrigarão shows no verão 2017/2018.

“Além da reforma da estrutura predial, os casarões formam um belo e singular cenário arquitetônico no entorno dos largos ocupados por ações artístico-culturais durante o ano”, explica o gerente de Conservação Predial do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), Fernando Calldeira.

Pintura de fachadas, recuperação do revestimento, portas e janelas são serviços já feitos. Alguns dos casarões chegam a ter quatro andares, obrigando à montagem de grandes andaimes para limpeza e pinturas das paredes e janelas.

As obras começaram cerca de um mês atrás, com mais de 40 trabalhadores e 90 dias previstos para a finalização. De acordo com o diretor de Projetos e Obras do IPAC, Felipe Musse, os largos estavam descaracterizados. “Conseguimos trazer nova ambientação a esses espaços; ao longo do tempo eles sofreram intervenções inadequadas, com perda das características originais”, afirma. O diretor garante ainda os itens de segurança, antes ausentes, que receberam análise proibitiva do Corpo de Bombeiros, fazendo com que os largos fossem fechados, estarão presentes agora. “Eles passarão a ter rotas de fuga, guarda-corpos adequados e todas as especificações de segurança exigidas pelas legislações vigentes”, diz Musse.

INVESTIMENTO e DÍVIDAS de COMERCIANTES As obras são mais do que revitalização, pois passam a ter segurança para abrigar maior número de pessoas. “Pensamos na proteção dos frequentadores, atendendo as normas contra incêndio e pânico”, lembra o engenheiro e gerente do IPAC, Fernando Calldeira. “Teremos um ambiente mais agradável, mais seguro e mais confortável para receber a população”, completa o diretor Felipe Musse. Vinculado à secretaria de Cultura (SecultBa), o IPAC investe R$ 1,5 milhão nos três largos, incluindo a reforma elétrica, com uma grande subestação para um quarteirão inteiro.

Limpeza geral, desmontagens de estruturas antigas e reparos gerais foram os primeiros serviços. Recomposição de escadas e pisos, pintura, requalificação de banheiros e camarins, além da poda de árvores e drenagem dos três largos, além de nivelamento de pisos completam a intervenção. Os largos reúnem no entorno bares, restaurantes e comércios, movimentando a economia local. Muitos desses comerciantes ocupam imóveis pertencentes ao Estado e, apesar de terem assinado contrato para pagamento mensal, ainda necessitam honrar seus débitos. Os comerciantes já chegam a cerca de R$ 15 milhões de dívidas com o Estado da Bahia.

HISTÓRIA Localizados no centro de três quarteirões do Pelourinho, os espaços surgiram a partir dos quintais e ruínas do antigo casario durante a reforma do CHS na década de 1990. O IPAC é responsável também pela Praça das Artes, Praça Pastores da Noite e três estacionamentos (Rua do Passo/ Largo Jubiabá, Rua Inácio Accioly e Praça das Artes/Baixa dos Sapateiros). Os imóveis do IPAC representam apenas cerca de 1,5% da área tombada do CHS. O restante é propriedade de privados, órgãos municipais, estaduais e federais, além de congregações da Igreja Católica que detém prédios como o Cine Excelsior e dezenas de casas no Pelourinho.

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