Mostra reúne fotógrafos do país no Palacete das Artes
Obras de fotógrafos do país estarão reunidas a partir desta terça-feira, 19 de setembro, na exposição do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, que será aberta às 19h, no Palacete das Artes. Além dos premiados nas três categorias, Paulo Luiz Coqueiro Andrade (Bahia), Gilvan Caldas de Sá Barreto Filho (Rio de Janeiro) e Ilana Bar Nissin Wirgues (São Paulo), a sexta edição da premiação, 2016/2017, conta com trabalhos de mais 12 selecionados, na Sala Contemporânea Mario Cravo Jr..
Os selecionados são: Bruno Bernadi (SP), Silas de Paula (ES), João Castilho (MG), Rosa Bunchaft (italiana naturalizada brasileira, residente em BA), Sonia Alhanat (SP), Tiago Aguiar (MG), Ricardo Teles (SP), Hirosuke Kitamura (de Osaka, Japão, residente em SP), Tuca Vieira (SP), Paula Huven (MG), Gringo Coletivo – Gui Christ (SP), Vinicius Xavier (SP). O catálogo com obras dos 15 artistas será lançado na abertura da mostra e distribuído no período da exposição, até 12 de novembro.
Com prêmios no valor de R$30 mil para cada vencedor, a premiação é uma realização da Coordenação de Artes Visuais da Diretoria das Artes (Dirart) da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). A mostra é realizada com o apoio do Palacete das Artes, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC).
A Comissão de Seleção e Premiação do Prêmio Pierre Verger 2016-2017 foi composta por Aristides Alves, Eugênio Sávio, Isabel Gouvêa, Márcio Lima e Nadja Peregrino. A curadoria da exposição coletiva e do catálogo do Prêmio foi formada por Aristides Alves, Isabel Gouvêa e Márcio Lima.
Personagem fictício – Entre os três premiados, o baiano Paulo Luiz Coqueiro Andrade, com a obra Não Minta Para Mim, venceu a categoria Trabalhos de Fotografia de Livre Temática e Técnica. Não minta para mim aborda a vida pessoal, trajetória profissional, desaparecimento súbito e o legado do fotógrafo Tito Ferraz, na verdade um personagem fictício. O trabalho consta de imagens presumidamente de autoria de Tito, álbum de família, perfil no Facebook, fotografias do seu HD, além do inquérito que investiga o seu sumiço e vídeo de entrevista.
Paulo Coqueiro, fotógrafo residente em Salvador, fez graduação e mestrado na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Participou de duas edições dos Salões de Artes Visuais da Bahia (2012/14); foi selecionado no Circuito das Artes e Mostra Triangulações 2014, 2015 e 2016; expôs em 2011 – Vídeo-Instalação no Mercado Cultural (Teatro Castro Alves/2011); foi selecionado no Circuito das Artes e Mostra Triangulações 2014, 2015 e 2016. Tem dois ensaios no acervo do Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana. Em 2016 foi selecionado para leitura de portfólio no Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo; Foi um dos organizadores da exposição coletiva do movimento Carta das Laranjeiras – Convocatória dos 100.
Recorte das imagens – Gilvan Caldas de Sá Barreto Filho (de Jaboatão dos Guararapes, inscrito pelo RJ), com a obra Postcards From Brazil, venceu a categoria Trabalhos de Inovação e Experimentação na Área de Fotografia. O mapeamento inédito das belezas naturais que serviram de cenário para crimes da ditadura militar revela o lado oculto de nossos postais. Reúne as informações levantadas pela Comissão Nacional da Verdade. Os recortes das imagens representam o número de vítimas fatais em cada paisagem. O mapeamento completo conta com 30 postais, frente e verso, que trazem uma reflexão sobre nossas raízes e signos ocultos na paisagem brasileira.
Gilvan Barreto atua principalmente com questões políticas e sociais. Sua fotografia é influenciada pelo cinema e literatura. Venceu os Prêmios: Brasil de Fotografia, Marc Ferrez e Conrad Wessel de Arte. Tem várias publicações e obras em acervos privados e institucionais. Natural de Pernambuco e radicado no Rio de Janeiro.
Cenas de família – Ilana Bar Nissin Wirgues (SP), com a obra Transparências de Lar, venceu a categoria Trabalhos de Fotografia Documental. A família da artista tem uma característica bem peculiar, pois ela tem um irmão e dois tios, gêmeos, com Síndrome de Down. Mas a síndrome não é tema específico do projeto, e sim as relações humanas estabelecidas. A autora utiliza da fotografia para manifestar um universo afetivo e poético.
Ilana Bar é bacharel em fotografia pelo Centro Universitário Senac, cresceu na cidade de Atibaia-SP e, atualmente, vive transitando entre Atibaia e São Paulo. Seus projetos e pesquisas envolvem o universo familiar, laços afetivos com pessoas e espaços. Participou de várias exposições. Destaques: em 2010 foi contemplada com o 1º lugar no 8º Festival Internacional da Imagem Fotográfica em Atibaia, em 2016 participou do Fest Foto Poae, em 2017 participou do International Discoveries VI – FotoFest em Houston, Texas, nos Estados Unidos.
Serviço:
Exposição coletiva e Lançamento de catálogo