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"Mestre King, o mestre dos mestres" Por Walson Freitas Botelho
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Dom, 14 de Janeiro de 2018 18:39

Walson_BotelhoQuando iniciei a minha vida nos palcos baianos, com o grupo folclórico Viva Bahia, dirigido pela professora Emília Biancardi, havia uma lenda viva sobre a qual eu ouvia sempre estórias, feitos e causos que atiçavam a minha imaginação.

Era como se naquelas rodas de bate-papo pós ensaios os colegas estivessem falando sobre o "gigante do pé de feijão", ou sobre "Hércules", ou sobre todos os gigantes que habitaram de verdade, ou não, a nossa terra. Sempre que a conversa girava em torno do mesmo assunto eu me acomodava no canto, preparava os ouvidos e me entregava aos sonhos.

Estava na hora de parar para viajar nas aventuras do Mestre King. E assim eu ia construindo a figura desse personagem, lenda da dança baiana, na minha imaginação. Às vezes duvidava da sua existência, achando que não passava realmente de conversa de dançarino-pescador. Até que um dia fui convidado para ir ao Pelourinho assistir um show folclórico no anfiteatro do Sesc. Era a oportunidade para desvendar o grande mistério.

Ao chegar lá, a minha expectativa que já era enorme, tornou-se insustentável dentro de mim. O castelo realmente existia, mas, e o gigante, onde andava? De repente vejo um séquito se aproximando e um rei sendo cortejado no seu meio. Seria esse o gigante? O grupo se aproximou, passou por mim e seguiu pelos bastidores da arena do anfiteatro. Daí eu vi que o gigante realmente existia e não era só gigante, mas era também um KING, um rei, o dono da dança na Bahia.

Mestre King só andava em séquito, acho que nunca o vi sozinho, sempre estava arrodeado de admiradores ou alunos.


Anos depois, ao fundar o Balé Folclórico da Bahia, passei a entender mais ainda a sua importância. Sempre que fazíamos uma audição para entrada de novos bailarinos na companhia perguntava aos candidatos sobre suas experiências e todos traziam a referência do Mestre King. Era o nosso fornecedor de matéria-prima oficial.

E assim, 30 anos de caminhos percorridos com o BFB, continuamos usufruindo do seu legado e dos seus frutos. Ele ainda é a grande referência para a dança afro-brasileira em nossa terra, e não há um sequer que não carregue no sangue seu DNA.

Walson Freitas Botelho é diretor e fundador do Balé Folclórico da Bahia

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