Eleição sem lula é fraude. Por Juca Ferreira |
Qui, 18 de Janeiro de 2018 06:00 |
A usurpação de direitos dos trabalhadores; a A cada dia que passa, a sociedade brasileira compreende com mais clareza que o golpe não foi apenas contra o governo do PT. Foi um golpe no futuro do país. Foi contra o Brasil, contra os interesses da maioria dos brasileiros e contra o nosso futuro como povo livre e nação soberana. Esta verdade foi estampada dias atrás na capa do maior jornal do país, que publicou o resultado de uma pesquisa do Datafolha na qual se vê claramente a repulsa da maioria da população ao projeto neoliberal que impulsionou o golpe. Nem a campanha da mídia para manipular a opinião pública e dar sustentação ao golpe foi capaz de esconder os interesses por trás da criminalização do PT e das esquerdas e, principalmente, a perseguição e tentativa de destruição da imagem do presidente Lula. A pesquisa do Datafolha é clara: Ninguém mais duvida de que está em curso um projeto de submissão do Brasil empreendido por grupos econômicos estrangeiros, associados a uma elite nacional impatriótica e desumana composta de políticos, homens e mulheres do poder judiciário, ruralistas e empresários apoiados por grupos de jornalistas e de intelectuais indiferentes às desigualdades sociais brasileiras e identificados com o que há de pior no capitalismo. Querem transformar o Brasil no que foi o Chile de Pinochet. Uma espécie de parque temático neoliberal. São nítidos os interesses econômicos por trás do golpe, assim como não dá mais para esconder o partidarismo da operação lava-jato e da mídia corporativa, que têm o PT e o presidente Lula como alvo exclusivo. O resto é a degradação do Estado brasileiro e suas instituições, o escárnio, a arrogância e o desrespeito ao que já tínhamos conquistado de vida democrática. Os insultos à cidadania são constantes e em grande quantidade. Esses dois movimentos, o golpe e a lava-jato, estão cada vez mais articulados, agressivos e descarados. Já estão cuidando de restabelecer a censura. Estão em cima dos direitos conquistados pelas mulheres, pelos negros, pelos jovens, pelos povos indígenas. Dão sinais de desespero à medida que a resistência em defesa da democracia e da soberania nacional ganha força e eleitorado insatisfeito demonstra disposição de dar uma resposta contundente nas urnas. O apoio dos eleitores ao presidente Lula só cresce, enquanto patos e paneleiros fazem silêncio penitente e a direita se debate em busca de um nome para enfrentar a potência de uma reação popular ao golpe. Esse é o dilema dos golpistas neste momento: se não acabarem com Lula, vão ter que acabar com as eleições presidenciais de outubro. O projeto neoliberal nunca foi e jamais será aprovado nas urnas o que torna iminente o perigo de um novo golpe. As eleições de 2018 estão ameaçadas. Os golpistas farão de tudo para se manter no poder e para impedir a reorganização das forças populares e democráticas brasileiras. Este é um momento de incertezas para todos os lados do espectro político brasileiro. É, portanto, a oportunidade de abrirmos novas frentes de resistência e de defesa da democracia. Uma grande frente democrática, multifacetada e policêntrica vem aos poucos se delineando. Temos que mobilizar toda a sociedade, colocar em segundo plano as divisões, a polarização artificial, moralista e reacionária, que colocou grupos de trabalhadores e setores populares em campos opostos, e unir forças para garantir eleições justas e democráticas de 2018. Nada é mais importante neste momento do que garantir a legalidade e a realização das eleições. Só com a volta da normalidade democrática evitaremos as reformas destrutivas, a entrega do patrimônio nacional e a degradação do povo e da nação brasileira. |
Última atualização em Qui, 18 de Janeiro de 2018 06:03 |
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