Enquanto o mundo continua sofrendo com as Trumpalhadas do Presidente dos EUA que todo dia mente e se desmente com relação às agencias de segurança de seu próprio governo e as falas de Putin, a Europa vive suas eternas crises com seus imigrantes, atacados pelos seus partidos e até governos fascistas e xenófobos.

O Brasil segue com Lula preso e subindo nas pesquisas, não só ele como quem ele poiar, enquanto os outros candidatos no amplo espectro que vai da extrema direita órfã da ditadura a extrema esquerda idealista, pois não tem quase nenhuma representação eleitoral, passando por um  “centrão” que apesar de ser de extrema direita, tenta criar uma posição idealizada para esconder sua real posição política e
ideológica.

Deste modo, aberto o período eleitoral legal os partidos e oligações começam a formalizar suas candidaturas e este fim de semana passado, foi rico em tais eventos, valendo destacar o “nanico” PSOL, ao que parece coligado com o “espírita” PCB, que lançou Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), de 36 anos e terá como vice-presidente a ativista indígena Sônia Guajajara, também do PSOL. Esta candidatura pretende disputar os votos da esquerda de Lula e espera contar com o apoio dos mais variados
movimentos sociais e de direitos humanos, a exemplo des “sem” e LGBTTI, etc.

Mais a esquerda, praticamente fora do espectro eleitoral,  pois se dedica mais a propaganda ideológica de “uma revolução dos trabalhadores” do que a mera disputa por votos, o PSTU, também lançou a sua candidatura a presidência, a “ativista” de Aracajú, Vera Lúcia, que, enfim, substituirá o “resiliente” Zé Maria que representou a sigla desde 1998, salvo em 2006 quando apoiou Heloisa Helena, do PSOL.

Onde andará HH? O seu vice é o professor do Maranhão, Hertz Luis, também negro e militante de movimentos poéticos e hip-hop. O PSTU ainda não tem coligação. Quando ao PCO ainda não se sabe o que fará, o que não altera em quase nada o quadro eleitoral.

Outra candidatura confirmada foi a de Ciro Gomes, pelo PDT, que oriunda do ex-brizolismo, portanto como parte significativa da esquerda, assim como o PSB, criação de Miguel Arraes, se apresenta como candidatura pretendente a herdeira de parte dos votos de Lula, mas cada vez mais tentando crescer pela direita e sonhando com os  apoios destes partidos que parecem se deslocar em grande quantidade, no autodenominado “Centrão”, para apoiar a candidatura de Alckmin, que deverá ampliar suas coligações e ganhar mais tempo de televisão, o que poderá lhe encorpar e fazer crescer sua até agora tímida candidatura.

No mesmo campo, Marina com sua Rede parece pescar muito apoio.

Na extrema direita, como já fora previsto, a candidatura que se pretende herdeira da ditadura militar, do Bolsonaro, caminha cada vez mais para se folclorizar, ainda mais com a anunciada, mas não confirmada, da sua provável vice, a “musa descabelada do impeachment”, a exaltada Janaína Pascoal, o que assegurará a chapa mais um caráter histriônico do que de ampliação eleitoral, o que parece ser o objetivo maior do seu maior representante, que a semelhança de outros “eternos” candidatos, (vale lembrar o saudoso “meu nome é Enéas!”), deverá cada
vez mais se nanicar e encolher. Mas como aconteceu com os EUA, com Trump, a França com Macron e São Paulo com Dória, em eleições tudo pode acontecer.

23072018.

Sérgio Guerra.
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação - BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.
Presidente do Instituto Ze Olivio IZO
Cronista do site "Memorias do Bar Quin

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