Quem com porcos se mistura. Por Claudio Guedes |
Sáb, 28 de Julho de 2018 17:46 |
Na minha querida Bahia desde pequeno ouço o ditado: quem com porcos se mistura, farelos come. Depois desta saga se filiou ao PCB, partido ao qual sempre foi ligado, mesmo quando se elegia pelo MDB, única oposição permitida pelo regime militar, e depois ao PSDB de tantos e tantos políticos iniciados na esquerda: José Serra, FHC, Madeira, José Anibal, Aloysio Nunes, Artur Virgílio, entre muitos outros. O PSDB, social democrata só no nome, há muito nada representa de significativo em termos políticos no país, apenas oportunismo viceral e uma aliança com a banca, os empresários conservadores e a direita nordestina tradicional e corrupta (mais corrupta que tradicional). Tem em FHC seu animador ideológico, o ex-príncipe da sociologia brasileira, agora convertido num simples visconde e, olhe lá, medíocre habitante envergonhado de apartamentos suntuosos na Avenue Foch em Paris e no tradicional burgo paulistano de Higienópolis. Goldman, joguete do oportunismo, virou um estranho no ninho do PSDB. Na prévia da convenção do partido, que sagrou o vivaldino do João Doria Jr. candidato ao governo do estado de São Paulo, foi humilhado, escorraçado. Nas suas próprias palavras, em artigo na Folha de S. Paulo, de hoje, 27/07: "O último lance desse doloroso processo é mostrado pela resposta que deu o presidente estadual do partido [o PSDB] ao meu pedido para usar da palavra na recente convenção estadual: "Vou falar com o João Doria, ele paga a convenção, é ele quem manda". Retrato impecável do partido dos tucanos em São Paulo! A convenção estadual é paga por um vigarista na política. Um medíocre lobista, um oportunista vulgar. Quanto ao Alberto Goldman, sinto muito por ele, no passado foi um político dos mais valorosos. Virou pó. Com porcos se misturou, até o farelo que hoje come é pútrido. Claudio Guedes é empresário e professor. |
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