As últimas pesquisas eleitorais deste fim de semana apresentam um quadro bastante definido, neste 1º Turno, com um 2º Turno, praticamente, garantido entre Bolsonaro X Haddad, salvo um incidente de grandes proporções, o que não
parece possível, dentro das tendências manifestadas no quadro político, pois o que se observa é uma consolidação de Bolsonaro numa faixa próxima e inferior dos 30% com viés de queda, em algumas pesquisas, enquanto Haddad se apresenta com números ligeiramente acima dos 20%, com continua tendência de crescimento e em algumas pesquisas já estando em empate técnico, dentro da margem de erro.
No bloco intermediário, com tendência de queda, aparecem Ciro e Alckmin, em volta dos 10%, cada vez mais distantes dos 2 candidatos que deverão disputar o 2º turno, enquanto Marina se desloca rapidamente para o 3º Bloco, o dos “nanicos”, posto que continua caindo vertiginosamente e já se apresenta com 5%, o que a coloca empatada tecnicamente com Amoedo, Meirelles, Álvaro Dias, na faixa dos 3%, e ligeiramente mais abaixo com todos os outros beirando 1%, o que vale dizer, de novo todos empatados tecnicamente, naquela faixa que vai de 0 a 3%. Triste fim de Marina Silva!
Com este quadro acima, resta saber como se comportarão os outros candidatos derrotados e principalmente quem terá coragem de apoiar Bolsonaro no 2º Turno, apesar de todas as críticas, eleitorais e ás vezes exageradas, que tem sido feitas ao PT/Haddad, neste turno inicial. Especialmente se considerarmos as grandes manifestações das mulheres contra ele realizadas neste sábado em todo o Brasil, que coloriram o país dos vários matizes de vermelho, lilás e rosa, com as infinitas denominações a exemplo de “#elenão” que ilustraram camisetas, faixas, bandeiras e múltiplas fantasias, demonstrando uma grande maioria do pensamento feminino, suas ramificações e apoios.
Vale lembrar que as pesquisas dedicadas ao 2º Turno já apontam a vitória de todos os candidatos, primeiros colocados como Haddad, Ciro e Alckmin, sobre Bolsonaro, escapando deste caso apenas Marina que por sua vez, como já vimos acima já compõe o “bloco dos nanicos”. Deste modo, será um belo exercício de retórica encontrar uma justificativa para estes candidatos e, muito especialmente, a candidata defender pública e politicamente o “apoio ao coisa”. Será que o ódio ao PT é maior do que ao fascismo? Será uma indagação assaz curiosa!
Enquanto isto, nesta Bahia de Todos os Santos, Encantos e Axé, existe uma disputa que certamente animará a reta final de campanha posto que se Rui já definiu muito antecipadamente a sua vitória no 1º Turno e Wagner a 1ª vaga do Senado, Ângelo Coronel já atropelou Jutahy na disputa pela 2ª vaga, e se aproxima rapidamente de Irmão Lázaro, reduzindo a diferença que os separa. Será que o fenômeno Haddad se repetira na Bahia? Esta parece ser a única disputa em aberto aquí.
Por fim, uma última consideração a merecer os nossos exercícios de reflexão é sobre o comportamento dos partidos nesta confusão eleição, pois se apenas o PT sai desta disputa com a sua imagem inteirada, apesar de todo o ódio destilado, mostrando assim a sua força, com a inquestionável liderança de Lula, o (P) MDB, o PSDB e a REDE SUSTENTABILIDADE saem nanico. Por outro lado, o PSL, apesar de Bolsonaro, não parece agregar muita coisa e o PDT, com Ciro também não deve crescer muita coisa. Deste modo, depois destas eleições veremos o que restou dos partidos, para além dos candidatos.
30092018.
Sérgio Guerra Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador. Conselheiro Estadual de Educação - BA. Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia. Presidente do Instituto Ze Olivio IZO Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".
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