Causou-me profunda e radical indignação ver nos canais de TV a propaganda do governo Bôzo sobre a sua atuação no “combate” a COVID 19 e descreve o quanto tem “investido” em suas ações para a “manter sob controle”, bem como atua, ou atuou, para deter a sua expansão, arrolando dados que, sem a devida contextualização e aproveitando o caráter continental de nosso país, parece ser bastante significativo e quiçá até eficiente nessa ação.
Deste modo, daí a minha indignação, contra essa “cara de pau” de um governo/presidente que se tornou, infelizmente, referência mundial negativa ou o “pior presidente no combate a COVID 19 de todo o mundo”.
Aproveito aquí para registrar que como profissional da História nunca costumo quase nunca usar o artigo “o” para todo mundo, posto que é impossível, pelo menos para mim, conhecer profundamente “todos” os concorrentes de uma determinada face de um problema para declarar com muita certeza tal afirmação. Por exemplo, neste caso, considero que dificilmente o presidente do Brasil poderá suplantar o seu guia e objeto de desejo o presidente Trump que não é à toa o dirigente dos EUA, o país com maior número de casos e mortes causadas por esta pandemia, mesmo se considerarmos o tamanho das populações correspondentes e ainda que o Brasil lhe persiga de perto. Voltando a origem dessa minha indignação e revolta basta lembrar os sucessivos pronunciamentos e ações do nosso presidente, traduzidas na linguagem chula e irresponsável com que tratou a “gripezinha”, que não ameaçava aos “homens” nem aos que tinham “passado de atletas(?)”, como ele, nem as piadinhas grotescas como o “e daí? Não sou coveiro” e “eu sou messias, mas não faço milagres!”, um infeliz trocadilho com seu próprio nome. Isto sem contar com os desrespeitos sucessivos as orientações das organizações responsáveis pela Saúde, a começar pelo seu próprio governo, onde demitiu 2 ministros, profissionais da área, e mantém como “interino”, há mais de 70 dias um militar não médico, além de vários outros em postos importantes e de caráter técnico de tão fundamental e importante ministério. Enfim, um presidente que não assumiu as suas responsabilidades como coordenador das ações nacionais, unificando a União, os estados e municípios numa política consequente de combate integrado a tão grave pandemia que caminha, no Brasil para chegar a 100.000 mortes, ter a desfaçatez de gastar dinheiro público para exaltar a sua infeliz atuação promotora de tal tragédia é de uma tamanha “cara de pau” e cinismo que irrita e indigna qualquer cidadão comprometido com os interesses gerais da nação e, principalmente, com as necessidades mais básicas das populações mais carentes das ações públicas, especialmente, neste momento, na área da Saúde. Tudo tem limite! 02082020. Sérgio Guerra Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador. Conselheiro Estadual de Educação - BA. Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia. Presidente do Instituto Ze Olivio IZO Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina |