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A quem interessa aposentar o Lula? Por Walter Takemoto
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Sáb, 05 de Dezembro de 2020 05:50

walter_TakemotoVirou rotina no Brasil após todas as eleições o anúncio da morte do PT. E não seria diferente agora em 2020, em meio à crise sanitária, econômica e social que vivemos que tende a se agravar ainda mais no próximo período, com o aumento do desemprego, da queda na renda nas famílias e, portanto, da miséria em nosso país.

Com uma perspectiva extremamente grave como essa que enfrentaremos, é claro que para a grande imprensa, os donos do poder econômico e aos partidos da ordem, interessa que o Partido dos Trabalhadores e sua base social, deixem de existir ou pelo menos se submetam a ordem imposta pelo golpe.

As exigências de “autocrítica” que fazem Ciro, FHC, os analistas da Globo e da Folha, não passam de acenos para que setores do próprio Partido dos Trabalhadores aceitem as “regras do jogo” que eles determinam, como por exemplo da Frente Ampla que reúna golpistas, bolsonaristas arrependidos, empresariado, para se encontrar um candidato a presidência para suceder Bolsonaro sem mexer nas medidas impostas pelo golpe e muito menos nas políticas de austeridade.

E, é claro, que essa Frente Ampla não pode ter, em hipótese alguma, a presença do Lula e muito menos a exigência do Fora Bolsonaro Já.

Por mais incrível que possa parecer, assistimos, agora, declarações de que é hora de se aposentar o Lula, romper as amarras que prendem o PT as suas decisões. Não se trata mais de uma autocrítica do partido, mas de se livrar daquele que impede que o PT se torne mais um partido da ordem, deixe de ser radical.

Essas declarações partiram de pessoas que ocupam cargos importantes no Partido dos Trabalhadores, como os Senadores Jaques Wagner, Paulo Paim e o membro da direção nacional Cantalice. E imediatamente referendadas por figuras como o Mourão que disse que o PT precisa se livrar do Lula e a colunista da Folha Taís Oyama, que parece ser contratada para escrever quase que exclusivamente sobre a morte do PT.

Para esses membros do PT é preciso lembra-los que Lula é um condenado político, perseguido e preso para que fosse impedido de ser candidato à presidência, e apenas dessa forma é que elegeram Bolsonaro e aprofundaram o golpe em nosso país. Não reconhecer que Lula é vítima de um golpe político que está em curso, não apenas um membro histórico do PT, é trair a história e os compromissos que o PT construiu ao longo de quarenta anos em defesa da democracia, da liberdade e de uma sociedade socialista. O PT nasceu das lutas do povo brasileiro contra a ditadura e se firmou nas lutas cotidianas da população por direitos, não lutar hoje pela plena liberdade do Lula é não honrar o próprio PT.

Por outro lado, Lula é a maior liderança operária e popular surgida no nosso país e ainda hoje é uma referência para o povo pobre em todo o país. Dos operários aos povos das florestas, do sertanejo ao pescador, do jovem universitário ao ambulante, não há quem não reconheça no Lula um homem que sempre lutou pelos excluídos.

E nessa conjuntura extremamente grave que enfrentamos, não existe nenhuma outra liderança política que possa organizar e mobilizar a população para lutar por uma saída popular e democrática para o país, que impeça que a barbárie se instale.

É preciso se formar novas lideranças sim, mas não será com frentes amplas, se unindo com golpistas, que surgirão outras lideranças políticas que possam substituir o Lula. Não é no parlamento ou em cargos de assessoria que se formou o Lula. Foi nas greves, nas lutas, ao lado dos trabalhadores e do povo.  O único caminho que poderá derrotar o golpe e todas as suas consequências é com um amplo movimento de massas, que reúna trabalhadores da cidade e do campo, ocupando as ruas, unificando partidos de esquerda, sindicatos e movimentos organizados. E é o Lula que pode liderar essa luta.

Acreditar que pela via eleitoral, com acordos com partidos golpistas, será possível acabar com o golpe, é acreditar novamente no republicanismo e no estado de direito.

Para nós, que lutamos contra o golpe desde sempre, a nossa tarefa não mudou. Temos a obrigação de continuar lutando pela plena liberdade do Lula, por seu direito de ser candidato a presidente da república e pelo fim do governo genocida do Bolsonaro.
Só quem nunca esteve nas ruas lutando é que pode considerar que o Lula é dispensável para as lutas que temos que travar para resgatarmos os nossos direitos.
#ForaBolsonaroeSuaQuadrilha
#LiberdadePlenaParaLula
Walter Takemoto

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