O mundo começa a ser vacinado pouco a pouco, mesmo com todos os problemas que esta empreitada venha acompanhado de muitas dúvidas e dificuldades que uma operação de tal complexidade traz consigo, ainda mais que a velocidade da conquista da vacina gera muitas desconfianças, para aqueles que não confiam na capacidade do ser humano de atender as demandas que a vida nos cobra. Com mais velocidade em um país, com mais cuidado em outro e até mesmo com mais intensidade em um e em maior quantidade em outros. Superando até mesmo a postura negacionista de alguns governantes como é o caso do presidente Trump e dos Estados Unidos.

Assim, causa estranheza que o Brasil continue preso ao negacionismo presidencial que não permite sequer que o “general comandante da saúde”, (aquele que acredita que “tem um que fala e o outro que obedece”), tido e havido como especialista em logística, não seja sequer capaz de apresentar um planejamento inicial para uma possível e provável campanha de vacinação que terá que vir, mais cedo ou mais tarde, assim como ocorrerá em qualquer outro lugar do mundo, mesmo que forçada por uma pressão interna ou internacional, posto que esta se tornará uma condição básica para qualquer convivência
coletiva.

Desta forma, o Brasil caminha para se tornar um dos poucos, ou o último, dos países do bloco do G20 a começar uma campanha de vacinação planejada, pois enquanto permanece com sua briga paroquial, entre a presidência da República e os estados, principalmente o de São Paulo, que por ter uma economia mais poderosa e capaz de produzir sua própria campanha e com o Instituto Butantã,
maior produtor de vacina no Brasil e parceiro da China na produção da
Coronavac, para o COVID 19 e que se não fosse as obstruções presidenciais poderia estar já bastante avançada para atender todas as demandas do Brasil.

Enfim, somente por pressão dos vários estados brasileiros, capitaneados por São Paulo e unificados no consórcio do Nordeste, a presidência da república começa a se movimentar, sempre cometendo desatinos e falando uma coisa num dia para desmentir no dia seguinte, e com uma posição de omissão irresponsável, ora não se movimenta em direção de nada, ora quando ameaçado pelo avanço do governo de São Paulo, ameaça até confiscar as vacinas que os estados produzirem ou importarem, o que é inclusive inconstitucional. E assim com marchas e contramarchas o Brasil vai ficando cada vez mais para traz com um número de mortes e contagiados que só perdem para os EUA, o campeão nestas duas manifestações da COVID 19.

20/12/2020.

Sérgio Guerra.

Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação - BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.
Presidente do Instituto Ze Olivio IZO
Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina"

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