O processo de vacinação contra a COVID 19 continua se ampliando, praticamente em todo o mundo, seguindo ritmos e amplitudes diversas, entretanto crescem cada vez mais, inclusive nos EUA onde a
posição a princípio negacionista e agora absenteísta do presidente, parece não estar sendo levada muito a sério, posto que a vacinação continua em velocidade sempre crescente. Deste modo, a lista tanto dos países que já assumiram o compromisso de vacinar a sua população total, para tanto comprando ou encomendando um número até maior do que a sua população, ou mesmo aqueles que definiram comprar um número que atinja a maioria de sua população cobrindo, pelo menos os grupos mais vulneráveis.
Enquanto isto, o Brasil vive a ciclotimia presidencial onde se sucede a posição explícita ou claramente negacionista na maioria das ações, seguidas de desmentidos ou mesmo a declaração, quase um pedido de desculpas, com uma posição de “preocupação”, tanto do seu titular quanto de seus comandados, com maior ou menor posicionamento, ora contra ou até mesmo, ocasionalmente a favor de uma pouco provável campanha de vacinação organizada pelo governo federal.
Tudo isto a depender dos avanços dos governos estaduais, ou até mesmo municipais, e sempre buscando muito mais confundir do que esclarecer a real e verdadeira posição oficial do nosso país.
Deste modo, podemos catalogar um fantástico bestialógico seguidamente emitido pelas autoridades brasileiras, a começar pelo presidente da república e do seu general comandante da saúde, que apesar de anunciado como “especialista em logística” se mostra incapaz de sequer enunciar um plano geral nacional de vacinação, mesmo indicando que o Brasil possui um dos maiores e melhores sistemas públicos na área, que tem se mostrado capaz de realizar vitoriosas campanhas de vacinação em massa. E mesmo sucateado pelos sucessivos governos, golpistas ou não, interessados em promover a sua privatização em benefício das grandes empresas do setor.
E assim, o Brasil vai se tornando cada vez mais atrasado nesta longa corrida contra a morte, pois sequer possui um acordo de larga escala com as grandes produtoras de vacinas, ainda que o país, por meio de suas entidades de pesquisa, sejam elas parceiras e ativas companheiras na testagem e, se for o caso, na produção em larga escala, destes tão importantes e necessários produtos. Enfim, só nos resta, em face da incompetência e desinteresse do governo, esperar que efetivamente “Deus é brasileiro” e está permanentemente de plantão.
28/12/2020.
Sérgio Guerra Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador. Conselheiro Estadual de Educação - BA. Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia. Presidente do Instituto Ze Olivio IZO Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina" |