Domingueiras CCCLXXVI. Por Sérgio Guerra |
Dom, 03 de Abril de 2022 13:34 |
A “guerra das mentiras” travadas no noticiário da grande mídia internacional, em que a Ucrânia, a cada dia mais, impõe grandiosas, novas e sucessiva derrotas as tropas de Putin, a dúvida que me assalta é: quando as tropas ucranianas, definitivamente, vão tomar Moscou? Porém, voltando ao nosso “Brasil varonil”, esta semana que marcou, parcialmente, o fim de uma das múltiplas “janelas partidárias”, oportunidade oficializada para as famosas “infidelidades, traições e abandonos” dos mandatários as sua agremiações de origem, enquanto escolhem as novas entidades que lhes darão, inicialmente, maiores chances de reeleição. Impressionante a capacidade que têm os nossos legisladores eleitorais, tanto em criar novas normas nas casa congressuais, como nas resoluções de suas instancias judiciais, em sucessivas tentativas de “moralizar a vida partidária”, prendendo os eleitos, por um prazo mínimo que seja, a base que os elegeram, para tanto se baseando na ideia de que o “mandato pertence a legenda”, pela qual o candidato foi eleito, posto que nos cargos proporcionais, como os de deputados, federais e estaduais, além dos vereadores, na grande maioria das vezes, foram eleitos pelos somatórios dos votos conseguidos pelo partido ou, da coligação, e não pelos obtidos pessoalmente. Por outro lado, os legisladores e seus julgadores, parecem nunca ter imaginado que a “inocente janela partidária”, forneceria um excelente pretexto para as mudanças oportunísticas de partidos, ou mesmo posição política e quiçá ideológica, aos mandatários mais preocupados com sua situação pessoal e eleitoral, que lhes permitam não só a sobrevivência, mas, principalmente, as negociações fisiológicas que lhes garantirão novos “financiamentos de campanhas”, além de maior possibilidade de reeleição, bem como presenças mais constantes nas famosas “emendas secretas”, cujas origens e destinações nem o Supremo Tribunal Federal sabe. Enfim, nesta “janela partidária”, mais de 20% dos deputados federais mudaram de legenda, sendo que pelo menos um deles passou por 2 delas, nesta oportunidade. Sem contar que um “ex-quase-futuro pré-candidato à presidência da república”, ou não, não só mudou de partido, como “desistiu da candidatura” e, em seguida, “desistiu da desistência” e até agora não se sabe se ele é “candidato a pré-candidato”, nem a que cargo, ou mesmo a que partido está filiado, pois ele vive a situação cantada naquele antigo bolerão que dizia: “Quem eu quero, não me quer, quem me quer mandei embora e por isso já nem sei o que será de mim agora...”.
Sérgio Guerra Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB. DCH1 Salvador. Cronista do site "Memórias do Bar Quintal do Raso da Catarina".
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