Domingueiras CDX. Quase governo Lula? |
Seg, 26 de Dezembro de 2022 00:19 |
Considerando que o “presidente em fim de exercício” sumiu, aliás no que foi prontamente secundado pelo seu comparsa enrustido, ACM Neto, sobrou prá Lula, governar o Brasil, ainda que sem caneta e Diário Oficial, o que tem feito ainda que internacionalmente, levando-nos de volta ao concerto das nações e ao centro das discursões sobre as questões ambientais e climáticas, que tanto nos preocupam, visto que as calamidades se tornam cada vez mais constantes, fortes e repetitivas, passando a ocupar lugar e papel de centralidade de todo o mundo contemporâneo. Tal posição de relevância mundial tem levado o presidente eleito a assumir compromissos de encontros com as grandes lideranças mundiais e pautado uma nova agenda retomada com os grupos internacionais, localizados e voltados para as questões regionais no terceiro mundo, tanto nas várias Américas, como com os outros continentes, onde houver preocupações com o futuro da humanidade, no momento em que se toma consciência da existência de problemas crescentes que comprometem a nossa própria sobrevivência. Deste modo, mesmo enquanto tenta equacionar as questões internas da frente ampla que o elegeu, assim como da sua ampliação para garantir uma base mais sólida que lhe garanta governabilidade no seu próximo governo, o que não lhe foi assegurado pelas eleições de bancadas, predominantemente, oposicionistas, que precisam ser rapidamente cooptadas, ainda que isto lhe custe alguns princípios e promessas de campanha que deverão ser ajustadas aos interesses particulares de seus novos futuros aliados, marcadamente clientelistas. Enfim, são os preços políticos a se pagar em um país, cuja realidade é caracterizada pelos interesses particulares dos ditos “representantes do povo” que apesar de eleitos, com promessas vãs de compromissos com os desejos da maioria da população, se dedicam muito mais, infelizmente, à realização dos seus próprios. Esta é uma triste realidade política que o presidente eleito, Lula, terá que se confrontar, mesmo sabendo de antemão o quão difícil será enfrentá-los, se quiser dispor de um mínimo de condições de governabilidade. Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB. DCH1 Salvador. Cronista do site "Memórias do Bar Quintal do Raso da Catarina".
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