Domingueiras CDXVIII. Por Sérgio Guerra |
Seg, 20 de Fevereiro de 2023 04:17 |
Neste dia em que, efetivamente, começa o “tríduo momesco”, como diziam os antigos, lembro da esposa evangélica de um companheiro nosso de bloco carnavalesco, o “famoso, nanico e tradicional “FILHOS DE FILÓ & SOFIA”, formado em torno dos professores, ligados a APLB/BA, no tempo em que todos eram estudantes/formados pela Faculdade Homônima, antes do desmembramento que daria origem as diversas Faculdades e Institutos, como os de Educação e os outros de Física, Matemática e Química etc. Pois bem, como ela não podia brincar o Carnaval, por motivos da sua religião, seguia o nosso bloco nas cordas, o tempo todo, e mal/humorada e cansada, repetia sempre: “Esta festa não acaba nunca!”. Realmente, hoje, já no quarto dia (?) de folia momesca, bem que ela, enfim, teria uma certa razão. Entretanto, vá dizer isto aos foliões e comerciantes que estão em plena agitação, no meio da festa e ouvirá um bocado de desaforos. “Oh, tempora. Oh, mores!”. O fato é que esta festa, por diversas e múltiplas razões, principalmente, as de ordens econômicas e turísticas, tem se expandido muito em todos os sentidos, tanto horário, vide abertura com “Galo da Madrugada”, como também diariamente, vide os “bailes de aberturas” e os “arrastões de encerramento”. Isto sem contar que a folia tem ocupado novos espaços, não só de áreas privadas, clubes, centros de convenções etc. Assim como também as públicas, como parques, praias etc. O fato é que o Carnaval, pelas razões citadas, além de outras que não cabe aqui enumerar, tem se expandido, quase que infinitamente, ocupando até áreas religiosas, como pátios de conventos e igrejas, como já demonstram algumas situações, já fartas e amplamente encontradas, nos vários locais da cidade de Salvador e outras cidades, espalhados pelo Brasil. Enfim, o Carnaval se tornou um grande espaço de encontros dos diversos grupos, festas e manifestações, de alegria e até de protestos políticos, sociais e do que mais possa ocorrer, neste “vasto mundo de meu Deus!”. Isto para quem curte e gosta de festas, pois para quem não participa por vários motivos, como nossa amiga acima citada, o que resta é lamentar e torcer para que seja breve, o que parece estar em frontal contradição com a tendência do que está acontecendo, efetivamente. Sérgio Guerra. 19/02/2023. |
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