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Muito mais do que lágrimas por Ernesto Marques
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Qua, 15 de Maio de 2013 01:33

Ernesto_Marques_n2Um direito fundamental de todo povo, de toda nação, é conhecer a sua história. Nesse Quesito, o Brasil ainda está engatinhando, enquanto Chile, Argentina e Uruguai, para citar apenas três exemplos sul-americanos como nós, superaram os traumas, investigaram e podem contar suas histórias com precisão.

A nossa Comissão Nacional da Verdade, tímida e limitada em seus poderes, depende muito mais da abnegação e da coragem de seus componentes, para oferecer algo substantivo à História do Brasil. Mas a sociedade, você que me ouve agora, pode ajudar muito. Começando por dar mais atenção ao tema. Aqui mesmo na Bahia, o Comitê Estadual tenta se firmar. A Assembleia Legislativa também terá a sua comissão. Não contará com um décimo da estrutura das inúmeras comissões temáticas, subcomissões e comissões especiais, fartas em cargos de assessores e verba para funcionamento.

 Mas vai dar o primeiro ar da sua graça numa audiência pública, no próximo dia 21, quando receberá o Comitê Estadual e o Grupo Tortura Nunca Mais. Será, com certeza, uma sessão emocionante, quando serão restituídos simbolicamente os mandatos dos deputados estaduais cassados pelos golpistas de 1964. Simbolismo não é pouca coisa em política. Mas é muito pouco para a História, que se constrói a partir de pesquisa, de documentos. O Comitê Estadual da Verdade, assim como a Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa terão muito trabalho pela frente.

No meio do caminho, muitas pedras e espinhos. Talvez até algumas minas cuidadosamente enterradas para “minar” os caminhos que nos levem à verdade sobre todo tipo de violência praticado pelo Estado brasileiro, sob o tacão dos ditadores. Por exemplo: no que deu a investigação sobre os papeis queimados na Base Aérea de Salvador, poucos anos atrás? O assunto caiu no esquecimento, mas precisa voltar à pauta da imprensa, entrar na agenda das comissões e permanecer como alvo da sua atenção, ouvinte-cidadão.

Eu irei à audiência pública na Assembleia, às nove da manhã do dia 21, e certamente me emocionarei. Mas eu espero muito mais do que as lágrimas e as palpitações que esses encontros sempre produzem. Eu espero a verdade, nada mais que a verdade, somente a verdade. E uma vez assentada a verdade dos fatos, que afinal se faça justiça.

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