O Movimento Negro e o Pacto Nacional por Sérgio São Bernardo |
Ter, 09 de Julho de 2013 00:58 |
A presidenta Dilma anunciou medidas de peso em nome de um pacto democrático nacional. O movimento negro brasileiro precisa entrar neste debate. Isto não quer dizer que o movimento negro deve se apressar para uma agenda fracionada e particularizada de setores e grupos. Uma agenda fracionada e cooptadora com o governo é tudo o que não devemos fazer agora. Senão vira crise de representação de governo confundida com crise de representação de lideranças negras. Precisamos antes sintetizar uma agenda ampla e unificada e, depois, apresentá-la ao governo. 1. Instituições de conselhos paritários e deliberativos; O movimento negro brasileiro tem compromisso com sua própria história e processo civilizatório. A Reforma Política entre outras reformas estruturais interessa aos negros brasileiros, em especial, porque esse modelo nos prejudica a todos. Os mecanismos de representação política e o sistema político brasileiro, o voto censitário em detrimento do voto distrital, o voto obrigatório em detrimento do voto livre, o financiamento privado em detrimento do financiamento público, candidaturas eugênicas e machistas em detrimento de candidaturas multi identitárias contribuem a conformação de uma tipologia de candidatura que reforçam valores patrimonialistas, assistencialistas, racistas, e homofóbicos. Este é um bom momento para realizar a primavera dos partidos políticos e das representações negras. Este fenômeno é saudável para o aprimoramento da democracia brasileira e para a libertação emancipatória e à cidadania material aos milhões de negros e negras no Brasil. Sérgio São Bernardo Advogado, Professor da Uneb, Conselheiro da OAB-BA 71 99643542 71 87948008 71 92308700 |
Agenda |
Aldeia Nagô |
Capa |