A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb/SecultBa) vai realizar em 2019 o Novembro das Artes Negras nas unidades prisionais de Salvador. Esta edição do projeto é fruto de um Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Na Penitenciária Lemos de Brito, as ações acontecem de 13 a 22 de novembro, para garantir o acesso dos internos a bens e serviços artísticos e culturais. Confira a programação!

Abrindo as atividades, a Diretoria de Audiovisual da Funceb (Dimas) vai oferecer a oficina de Roteiro, dialogando entre os gêneros literários através de cartas, contos e poesias.

Durante a oficina será exibido um filme, como proposta para reflexões sobre as aproximações e diferenças dos formatos de roteiros, para um estímulo ao pensamento crítico.

A oficina será ministrada por Deivid José, com assistência de Daniela Fernandes e Inajara Diz, nos dias 13 de novembro, das 8h às 11h, e 14 de novembro das 14 às 16h, com público estimado de 15 pessoas.

Nos dias 19 e 20 de novembro, das 9h às 16h, no módulo I, a Coordenação de Artes Visuais vai promover a oficina Narrativas Visuais, levando o universo do grafite para a penitenciária Lemos de Brito.

O oficineiro Diego Sei vai utilizar a linguagem que se insere no contexto da dinâmica das culturas urbanas para uma aproximação entre o fazer e viver artístico dessas pessoas.

A atividade vai possibilitar aos internos a pintura de um painel coletivo, liberando a criatividade e desejos de cada um.

As Rodas de Capoeira também vão contemplar o Novembro das Artes Negras na Penitenciária Lemos de Brito, é claro!

O Centro de Formação em Artes (CFA) da Funceb vai realiza essa atividade nos dias 20 de novembro, das 9h às 10h30, no Módulo I e 21 de novembro, das 9h às 10h30, no Módulo II.

As atividades são, também, formas de permitir um deslocamento positivo desses indivíduos, ressaltando a capoeira como um elemento da memória, identidade e resistência negra.

Ainda contemplando o Novembro das Artes Negras, o Núcleo de Teatro apostou no humor do espetáculo baiano, Na Rédea Curta. A peça que começou no youtube, com o sucesso das histórias hilárias entre mãe e filho, será apresentada das 14h30 às 16h, no Módulo V.

O texto retrata a comédia privada de uma família formada pela mãe solteira e o filho acomodado. Os atores Sulivan Bispo e Thiago Almasy apresentam uma Bahia singular no “modo de expressão de sua gente” e arrancam gargalhadas do público que se reconhece em cada cena.

No dia 21 de novembro, será a vez da Oficina da Caixa Mágica - aparelho pré-fotográfico que produz imagens fantásticas. A atividade é oferecida pela Coordenação de artes visuais, das 09h às 16h, no módulo IV.

A oficina ministrada pelo artista Diego Sei vai estimular a imaginação e o modo como ela interfere em cada pessoa na percepção das coisas. Desse modo, cada participante vai construir sua própria caixa mágica e fazer seus próprios experimentos relacionados ao modo como surge a imagem a partir daquele aparelho.

O Espetáculo O Circo de Um Homem Só, será apresentado no dia 22, às 10h. O número circense de rua é estrelado pelo Palhaço Tiziu, que decide realizar sozinho um espetáculo de circo completo: ele mesmo arma o circo e faz o apresentador, o mágico, o malabarista e a bandinha.

O espetáculo será encenado no pátio do Módulo V, da Penitenciária Lemos Brito, que abriga aproximadamente 700 internos.

Encerrando as ações do Novembro das Artes Negras, a Coordenação de música da Funceb, convidou a Camerata da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) para se apresentar dia 22, das 18h às 20h, no Módulo IV da Penitenciária Lemos de Brito.

Na edição de 2019 a Funceb estima atingir mais de 1400 internos e internas de diferentes unidades do Sistema Penitenciário de Salvador. A ação vai ampliar o alcance dessa iniciativa para atender à população penitenciária que, de modo geral, é invisibilizada.

Novembro das artes Negras - O projeto que chega à sua terceira edição consiste na realização de um conjunto de atividades artísticas que estimulem a reflexão e contribuam para o aprofundamento e fortalecimento das discussões das pautas de luta dos movimentos negros na contemporaneidade, sobretudo naquilo que diz respeito ao reconhecimento da cultura negra na formação da nação brasileira.

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