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Novo samba-reggae, gravado por Marcia Short, exalta heroína Maria Felipa

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A heroína da luta pela Independência do Brasil na Bahia, Maria Felipa, agora é tema de uma canção, um samba-reggae. Está saindo do forno “Heroína Negra”, gravada esta semana na voz da cantora Marcia Short, que aceitou de pronto o convite dos compositores: o guitarrista baiano Ricardo Markis e o poeta Helson Hart.

“Heroína Negra” nasce com a naturalidade da expressão de uma identidade baiana na obra

de Ricardo Markis, além da vontade de trabalhar com a história, a memória de fatos que mexem com o inconsciente coletivo dos baianos. O guitarrista queria homenagear a itaparicana Maria Felipa e procurou o poeta e parceiro Helson Hart para contribuir com os versos, a partir do refrão-título Heroína Negra, de um samba-reggae já criado.

 

Para interpretar a canção, ninguém menos do que a cantora Marcia Short, dona de uma personalidade vocal única na música baiana. O samba-reggae de Ricardo ganha força com a letra de Hart: “Heroina negra, vou contar tudo enfim. A historia revela à nação sua grandeza “.

A participação de Maria Felipa na luta pela Independência na Bahia, queimando embarcações e enfrentando os invasores usando folhas de cansanção, foi apagada dos livros de história. A narrativa chegou aos nossos dias graças à história oral, registrada pela primeira vez pelo escritor baiano Ubaldo Osório Pimental, avô do escritor João Ubaldo Ribeiro.

O samba-reggae “Heroína negra” é mais uma contribuição contra o apagamento da história da marisqueira “manhã da história da nação brasileira”, como diz os versos da canção. A música vai estar disponível no canal do YouTube do músico Ricardo Markis.

Ricardo Markis é um guitarrista baiano comprometido com este instrumento desde o carnaval de 1985 quando foi tocar em Ituaçu, cidade baiana onde se criaram Moraes Moreira e Gilberto Gil, a convite de músicos locais. Desde então ele tem desenvolvido seu repertório, universalizando a sonoridade da guitarra baiana, incluindo diversos gêneros musicais da MPB, Jazz, Rock, e da música latina, em geral.

Com a guitarra baiana, participou da formação da banda Crocodillo, no carnaval de 1987. Em 1990 foi convidado pelo músico italiano Vicenzo Palermo, para uma turnê de três meses na Itália, motivado por uma apresentação com a guitarra baiana. Mesmo quando quase ninguém mais tocava guitarra baiana em Salvador, permaneceu fiel ao instrumento, fazendo ao lado do cantor e compositor Carlos Pitta, muitos shows nos carnavais do projeto Pelourinho Dia e Noite, a partir de 1997 até a atualidade, sempre alcançando enorme sucesso. Com Carlos Pitta foram 20 anos de turnês juninas, como Diretor Musical e guitarrista, fazendo o melhor do Forró. Em 2013 criou o projeto “LIGAÇÃO 70” em homenagem aos 70 anos da guitarra baiana, ousando um show como solista, no qual demonstra sua maestria como instrumentista e também canta sucessos dos carnavais. Em 2015, Ricardo Markis foi homenageado com o TROFÉU DODÔ&OSMAR, por sua atuação com a guitarra baiana.

Na sua trajetória residiu na Itália, onde trabalhou entre 1990-94, por ser um guitarrista versátil, capaz de atuar bem em diversos gêneros musicais brasileiros, usando também o violão e o bandolim. Já colaborou com Sambatrônica, Camerata Popular do Recôncavo, Vânia Abreu, Elza Soares, Jussara Silveira, Carlos Pitta, Paulinho Boca, André Macedo, Micro-Trio de Ivan Huol, Luciano Salvador, Walmir Lima, Edil Pacheco, Gereba, Cláudia Cunha, Buk Jones, Jorge Zarath, Os Ingênuos, Grupo Mandaia, Fred Dantas, Renato Fechini, Ana Flora (Itália), Vicenzo Palermo (Itália), Confraria da Bazófia, Alfredo Moura, Guida Moira, Lui Muritiba, Renan Ribeiro, Wilson Café, Gente Brasileira, Duo Barros Reis, Sandra Simões, dentre outros.

Já se apresentou na Itália, Suíça, Alemanha e EUA, em grandes festivais (Montreux, Tubbinghan, Lisboa, Boston); em trilhas e em musicais do teatro baiano (“Vapor Barato” 1998; “Do Outro Lado do Mundo” 2000; “A Pedra Do Meio-Dia” 2006) e na TV, com a Camerata Popular do Recôncavo em 2003/2004/2006; com Carlos Pita, em 2005 e 2013) e a banda Sambatrônica (2006).

Recebeu o prêmio de melhor música instrumental do V Festival de Música EducadoraFM (2007), com o samba-choro “Caminho de Casa”; nas edições 2010 e 2013 foi classificado entre as 7 melhores composições instrumentais, com inclusão nas publicações dos CDs e livro do festival.

visite o canal do Youtube https://www.youtube.com/c/RicardoMarkis_music

Ficha técnica:

Produção executiva: Ricardo Markis
Produção Musical e teclados: Luizinho Assis
Intérprete: Márcia Short
Guitarras: Ricardo Markis
Percussão: Ciro Jr (Cuca)
Vocais: Márcia Short, Ricardo Markis, Chiquita.
Autores: Ricardo Markis e Helson Hart
Mixagem: Araketu
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