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Pelegrino vai atuar com o Estado e a União por Osvaldo Lyra

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O candidato do PT ao Palácio Thomé de Souza, Nelson Pelegrino, aposta na parceria com os governos Dilma e Wagner para alavancar o desenvolvimento de Salvador. Nessa entrevista à Tribuna, o candidato diz ser difícil gerir a terceira maior cidade do país sem os apoios do Estado e da União.

 Cita como uma das prioridades a recuperação das finanças do município, sobretudo, para que se recupere a capacidade de manutenção da cidade. O petista prometeu renegociar todos os contratos da prefeitura, elevar de 15% para 22% os repasses para a saúde, além de recuperar a orla, num investimento de R$1 bilhão em parceria com o estado. Pelegrino disse que vai atuar ainda para destravar o caótico trânsito de Salvador.

Questionado sobre o assunto, ele minimizou os efeitos da greve dos professores na campanha e disse que a unidade de 15 partidos vai se refletir no resultado eleitoral.

Tribuna – A campanha está na rua. Quais serão as metas do senhor à frente da gestão, caso vença essa eleição?
Nelson Pelegrino – O que eu sinto na rua é que há um sentimento de abandono da cidade. E é isso que nós temos que responder. Desde o primeiro dia nós vamos adotar medidas para recuperar financeiramente a prefeitura para que ela recupere a sua capacidade de manutenção da cidade. Hoje, o que a gente percebe, como eu tenho andado muito, é que a cidade está muito esburacada, a coleta de lixo tem problemas, a população se queixa da infraestrutura, existem vários problemas de macrodrenagens. Há uma queixa em relação aos postos de saúde que estão funcionando muito precariamente, há falta de creches, uma ação que envolva cuidar de crianças e adolescentes, principalmente aqueles que estão em situação de rua.

Tribuna – E qual será a primeira providência?
Pelegrino – A primeira providência será recuperar a capacidade financeira do município, que aí é um conjunto de medidas que vão desde a renegociação de todos os contratos à reestruturação da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria, para que a gente tenha mais eficiência na recuperação de ativos da Prefeitura, até a modernização de todos os instrumentos normativos da cidade, Plano Diretor, a Louos, criar um código de meio ambiente, um código de postura que tem que ser atualizado, uma legislação moderna de PPP, que permita a gente poder atrair para a cidade investimentos privados e poder, através de investimentos privados, fazer obras estruturantes na cidade, como a orla, que pode ser feita através de uma PPP, pode ser reestruturada totalmente, como a linha do metrô que pode chegar até Cajazeiras, como a construção de um sistema de BRT na cidade, complementar o sistema de trem e de metrô também através de PPP.

Tribuna – O que fazer para que os serviços públicos prestados pela Prefeitura comecem realmente a funcionar?
Pelegrino – Todos os candidatos estão falando que vão fazer pela saúde, mas não apontam como vão fazer. Eu posso ser muito claro: com 15% não é possível fazer a saúde que Salvador precisa. Nós temos que elevar o orçamento para 20% ou 22%. Essa é a meta do nosso governo. Com 20%, 22%, aí sim, nós podemos ter o investimento na saúde em parceria com o governo do Estado e com o governo federal capaz de poder requalificar a saúde da cidade. Então o que eu noto hoje é que a atual administração não levou como deveria levar o potencial em relação a parceria com o governo federal e o governo do Estado. Eu noto que tem vários programas dos governos Dilma e Wagner que não têm a perna no município. E é isso que nós vamos fazer, nós vamos não só ter os programas próprios da prefeitura, mas nós vamos trazer para Salvador todos os programas federais e estaduais. Vamos complementá-los e vamos ampliá-los.

Tribuna – O que fazer para destravar gargalos como o do trânsito, que é uma das coisas que mais incomodam hoje a população?
Pelegrino – Trânsito eu diria que são três questões fundamentais. Primeiro a gestão. Nós precisamos melhorar a gestão. Na Transalvador tem bons técnicos e nós precisamos colocar esses técnicos para trabalhar e dar as condições para eles trabalharem. O que eles reclamam é que eles não têm condições, agora mesmo o prefeito acabou de retirar 20 viaturas da rua. Os técnicos da Transalvador são bons técnicos, se eles estiveram nas ruas, eles podem, com engenharia, melhorar muito a circulação. A outra coisa, nós já estamos preparando com o governo do Estado um conjunto de intervenções. Nós estamos com um projeto que prevê atacar, no primeiro momento, 12 pontos críticos na cidade, inclusive esse aqui do Iguatemi (a entrevista aconteceu no comitê do candidato, na ACM), região de maior trafegabilidade na cidade, um investimento de R$ 200 milhões, com o PAC das Grandes Cidades, em parceria com o governo do Estado e com o governo federal. Vamos fazer uma grande intervenção no sistema viário de Salvador. Então, é preciso ter intervenções no sistema viário. Novas avenidas, ligações bairro a bairro, pontes, viadutos, passagens de níveis, passarelas, sinaleiras inteligentes, novas vias na cidade. E a terceira coisa, aí não está numa ordem hierárquica, que é a estruturação do sistema público de transportes. Nós temos que ter um transporte público de qualidade na cidade. Então as pessoas vão deixar de usar seu carro para usar o metrô, pra usar o trem do Subúrbio, pra usar o BRT, para usar os ônibus da cidade. Então nós temos que estruturar a rede integrada de transportes, que vai integrar trem do Subúrbio, metrô, ônibus e alguns casos nós podemos ter linhas de BRT, como, por exemplo, na linha Lapa – Pituba – Iguatemi, você pode fazer corredor exclusivo pela Vasco da Gama, Juracy Magalhães, Avenida ACM pela direita, Avenida ACM pela esquerda.

Tribuna – Haverá uma maior integração…
Pelegrino – Isso mesmo. Com a integração você vai integrar o trem do Subúrbio através de um VLT pela San Martin. Você vai chegar até a região do Iguatemi fazendo essa integração com teleféricos a gente poder trazer a população toda da Liberdade, São Caetano, com planos inclinados para acessar esse sistema. E o metrô que vai ser concluída a linha 1 e a linha 2. A linha 1 até Pirajá, que depois vai abrir caminho para chegar até Cajazeiras, e a linha 2 que vai até Lauro de Freitas. E aí tem algumas avenidas que estão projetadas que são a Avenida 29 de Março, que deverá ser feita na nossa administração, que é uma via importante de ligação da orla até a BR-324, passando pela Paralela e passando pela via Regional, que é uma via importante de circulação para Cajazeiras. Cajazeiras, por exemplo, está completamente travada hoje. Com algumas intervenções viárias que nós estamos trabalhando, saindo da 11 para Valéria pela BR-324, saída da Boca da Mata, a requalificação da via Regional, a via que está sendo feita pelo governo do Estado, da BR diretamente para a via Regional, sem passar pelo viaduto de Águas Claras. Então são intervenções viárias que podem também melhorar muito a circulação em Salvador.

Tribuna – E a questão da orla. Vai comandar um processo de reviravolta nesse ponto importante da cidade?
Pelegrino – A nossa orla está muito mal tratada. Há um sentimento de baixa estima da cidade em função da situação da orla. Quinta mesmo, estive no Rio reunido lá com o pessoal e pude ver o processo de requalificação da orla do Rio de Janeiro, inclusive as barracas de praia. Nós vamos implantar o mesmo padrão que existe no Rio de Janeiro, em cima dos passeios, são barracas pequenas, compactas, que é o que tem que ser feito também aqui em Salvador. Estamos também trabalhando num projeto, em torno de quase R$ 1 bilhão, que o projeto de requalificação da nossa orla, principalmente da orla Atlântica, nesse primeiro momento. Mas nós temos que requalificar a orla toda da cidade. Então é possível requalificar a nossa orla com algumas parcerias com o setor privado.

Tribuna – E o governo do Estado não poderia já ter assumido esse processo?
Pelegrino – O governo já está fazendo. É com o governo do Estado que nós estamos discutindo esse projeto. Já fez uma parte da requalificação, que foi aquele trecho de Amaralina até a Pituba. Tem os recursos agora do Ministério do Turismo para requalificar até o Jardim dos Namorados, e nós estamos preparando um projeto mais amplo que vai até Itapuã.

Tribuna – O que fazer para conseguir mudar o recapeamento asfáltico da cidade que é um problema que atrapalha a todos?
Pelegrino – Eu acho que aí é um problema de manutenção da cidade. Nós temos que recuperar a capacidade financeira do município para fazer a manutenção da cidade. Então, para isso é fundamental ter uma usina de asfalto. Agora nós temos que ter recursos para comprar asfalto e requalificar o piso da cidade. Têm alguns casos que é fresagem e recapeamento e têm alguns casos que têm que refazer a base. Nós temos que ter um plano de recuperação do piso da cidade e ampliação, inclusive, da cobertura. Agora nós podemos fazer algumas parcerias. Por exemplo, o governo do estado agora deve desencadear uma operação em Salvador através do convênio da Embasa que vai recuperar algumas vias centrais da cidade e nós queremos pautar o governo do estado para que ele nos ajude nesse processo de recuperação. As medidas que nós vamos adotar são medidas que vão recuperar a cidade a médio prazo. Mas nós estamos contando com o apoio do governo do estado e o apoio do governo federal para requalificar a cidade. Nós estamos discutindo sobre isso, principalmente em relação a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, acenos por parte do governo federal e do governo do estado que vão fazer uma parceria com a gente nesse processo de requalificação da cidade.

Tribuna – E a licitação dos ônibus, candidato. Quando as empresas vão ser obrigadas a prestar um serviço que realmente atenda a demanda da população?
Pelegrino – A primeira coisa que nós temos que fazer é uma nova pesquisa de origem-destino. Eu vejo nos bairros uma reclamação muito grande em relação as linhas de ônibus. As pessoas querem linhas que não têm. O problema é que nós temos muitos carros na rua, muito carro na rua e isso também dificulta a circulação dos ônibus, então nós temos que ter vias exclusivas para ônibus, com fiscalização para que essas vias não sejam invadidas. Eu penso que nós temos com o metrô, com as linhas troncais do metrô, nós vamos ter que refazer toda a malha de alimentação do sistema viário da cidade. Então nós vamos fazer uma pesquisa de origem-destino, saber como as pessoas saem de casa e para onde elas vão, seja para trabalhar, seja para estudar, seja para fazer suas obrigações e nós vamos reformatar o sistema de transporte da cidade, a partir do sistema que é estruturante que é o metrô.

Tribuna – Há algum projeto que pretende recuperar a área do Centro, ali no Comércio, Pelourinho?
Pelegrino – Nós estamos trabalhando em parceria com o governo do estado com a ideia de fazer um fundo, em que o governo do Estado vai desapropriar imóveis no Centro antigo. Esses imóveis desapropriados vão fazer parte de um acervo imobiliário. Nós vamos fazer um fundo em bolsa, esse fundo vai captar recursos em bolsa e nós vamos recuperar imóveis do Centro antigo e do Centro Histórico. A minha ideia em relação ao Centro Histórico é levar todo o Centro Administrativo da Prefeitura para o Centro Histórico. Em relação ao Centro antigo, que é uma coisa mais ampla que o Centro Histórico, você pega Santo Antônio Além do Carmo, pega Nazaré, Saúde, Pilar, aquela região do próprio Comércio, a nossa ideia é esse fundo imobiliário que vai recuperar imóveis para serem comercializados, seja para estabelecimentos comerciais, seja para estabelecimentos residenciais. Qual é a grande vantagem com relação a isso? É que essas áreas têm uma infraestrutura, já possuem rede de esgoto, de água, já tem luz, já tem até asfalto, já tem uma escola perto, uma unidade de saúde perto, só precisa requalificar essas unidades. Então você já pode, com a infraestrutura que tem nesses bairros, você só requalificar as habitações e elas servirão para residência e para comércio.

Tribuna – Os moradores de rua da cidade terão algum tipo de tratamento específico, já que não há atenção nenhuma por parte do Poder Público para essa parcela da população?
Pelegrino – Quando eu estive à frente da Secretaria de Justiça iniciei um plano de atendimento às pessoas que são usuárias de drogas, de álcool e outras drogas. Tem um plano estratégico. Depois, quando eu fui para Brasília, eu participei de uma comissão que elaborou um plano que deu suporte ao plano federal. O governo do Estado tem um programa, tem uma superintendência que está executando ações, mas o grande problema hoje é a perna do município. Então isso é que eu acho que é fundamental. Eu, como prefeito, com a experiência que eu tenho nessa área, eu vou fazer o plano municipal para prevenção e recuperação de pessoas. E também o governo do Estado acaba de fazer um programa, tem um ano mais ou menos que ele anunciou, que é o Bahia Acolhe, que é um programa também para lidar com população de rua, mas falta a perna do município, que nós também vamos fazer.

Tribuna – Vamos à política. Como o senhor vê as críticas de que a candidatura do senhor demora a pegar fôlego, a empolgar?
Pelegrino – Eu não tenho visto isso na rua. Eu tenho visto uma empolgação muito grande na rua. Agora, o eleitor está muito zangado com todo mundo, é o que eu vejo. Há uma confusão nos eleitores e tudo é atribuído ao governo do Estado, coisas que são da responsabilidade da Prefeitura. Então, quando a campanha vier, nós vamos separar o que é responsabilidade do governo do Estado e o que é responsabilidade do governo federal e o que é responsabilidade do município. E as pessoas também vão saber quem são os responsáveis por essas situações. Nós vamos apontar quem são os responsáveis por essa situação. Agora, eu penso que a campanha vai começar mesmo quando começar o horário de rádio e TV, aí é que nós vamos poder falar a população de Salvador, apresentar nossas propostas e vamos poder fazer o debate da cidade.

Tribuna – A não unidade das oposições beneficia de alguma forma a unidade dos partidos da base do governo?
Pelegrino – Sem dúvidas, a nossa unidade construída vai ser muito poderosa na campanha. Uma unidade de 15 partidos é uma coligação que tem uma expressão muito forte. Eu acho que isso vai se refletir no resultado eleitoral.

Tribuna – O senhor admitiu essa semana pela primeira vez que, caso não vá para o segundo turno, poderá apoiar Mário Kertész. Como está essa questão de diálogo?
Pelegrino – Primeiro, nós temos a certeza de que vamos para o segundo turno. Certeza em relação a isso. Não temos nenhuma dúvida de que nós vamos para o segundo turno. Agora, com essa certeza, quem quer apoio, tem que admitir a possibilidade de apoiar. Então, se nós temos a certeza de que nós vamos para o segundo turno e vamos querer o apoio dos que não forem para o segundo turno, nós temos também que admitir a recíproca.

“A candidatura de ACM Neto representa o retorno ao passado”

Tribuna – O senhor acha que o momento de fragilidade do governo pode prejudicar de alguma forma a candidatura do senhor?
Pelegrino – Eu penso que o eleitor quer saber qual é a solução para a cidade. E nós vamos provar a Salvador que é fundamental o próximo prefeito ter uma sintonia muito forte com o governo do estado e com o governo federal. É difícil governar Salvador hoje sem o apoio do governo do estado e do governo federal. É difícil governar Salvador sem essa sintonia. E é óbvio, se você perguntar se é mais fácil conseguir o apoio de um pai a um filho ou a um estranho? É óbvio que eu tenho muito mais capacidade de pautar o governo do estado e o governo federal do que os outros candidatos.

Tribuna – E a greve repercutirá negativamente na campanha?
Pelegrino – Eu acho que nós temos que fazer o diálogo. Nós temos um programa que vai valorizar a educação. Educação e saúde serão carros-chefes no nosso governo. Valorizar os profissionais da educação e ampliar a cobertura. Creches, pré-escola, educação de tempo integral, ensino profissionalizante para a juventude. Nós temos 38% da nossa juventude que está desempregada em Salvador. O que eu sinto na rua é esse clamor, o clamor de colocar nossas crianças na escola e no turno oposto, atividades esportivas, culturais. E também o clamor que nossos jovens querem aprender uma profissão e ter oportunidade de estar no mercado de trabalho. É isso que será nossa prioridade, é isso que nós vamos colocar para a cidade.

Tribuna – O senhor elegeu ACM Neto como o alvo principal. Não teme que Mário Kertész cresça e atrapalhem uma composição para o segundo turno?
Pelegrino – Eu penso que a candidatura de ACM Neto representa o retorno ao passado, um passado que a Bahia já negou. Ele, por exemplo, quer se eximir da responsabilidade da situação da cidade. Todo mundo sabe que o apoio do deputado ACM Neto foi decisivo para a vitória do prefeito João Henrique no segundo turno em 2008. E que ele esteve na administração do prefeito durante quatro anos. Então, ele precisa responder a cidade também por isso. Ele precisa explicar a cidade isso. Eu penso que tem dois projetos hoje na Bahia, que é o projeto apresentado por nós, que o projeto do PT, e tem o projeto do deputado ACM Neto, que é o projeto ligado a Fernando Henrique, a José Serra. Ligado, aqui na Bahia, a setores que fizeram e comandaram a política do estado com o chicote na mão e o dinheiro na outra.

Tribuna – O que o senhor faria diferente do prefeito João Henrique?
Pelegrino – Primeiro, recuperar a capacidade de gestão da prefeitura. Fazer uma profunda reestruturação organizacional na Prefeitura, renegociar todos os contratos, reduzir custos, recuperar a capacidade do município de arrecadar melhor, de gastar melhor o que arrecada, ter um conjunto de normas que possam botar ordem na cidade, e que o município tenha autoridade, o que a gente vê nas ruas há um reclamo muito grande pela falta de autoridade no ordenamento da cidade. Isso é um reclame que eu tenho ouvido nas ruas. E ter a capacidade de trazer recursos federais, recursos do estado para o investimento na cidade. E ter a capacidade também, em parceria com iniciativa privada, de fazer as coisas acontecerem na cidade. Essa é a questão fundamental. Nós temos algumas obras importantes na cidade, como a Arena Fonte Nova, o próprio Hospital do Subúrbio que foram através de parcerias com o setor privado. Até porque, Salvador reclama disso: ter um bom administrador, mas ter um líder político que tenha a capacidade de atrair para cidade os investimentos, as obras. Essa é a questão fundamental. Não é só na administração do prefeito João Henrique, é que falta um projeto de futuro. E é isso que nós estamos trabalhando, para construir um horizonte estratégico para Salvador dos próximos 30 anos, que recupere a capacidade de planejamento urbanístico da cidade, que recupere a capacidade de ter um planejamento ambiental, com sustentabilidade, e que possa desenvolver economicamente a cidade, aumentando a renda, que é baixa, mas fazendo o desenvolvimento com justiça social.

Tribuna – O PT e o senhor terão dificuldade de dividir o palanque com o prefeito João Henrique?
Pelegrino – Olha, eu penso que o nosso governo é o governo de mudança. Nosso governo não é um governo de continuidade do prefeito João Henrique. Nosso governo é um governo de mudança. O prefeito João Henrique tem tentáculos em todas as candidaturas, porque o PTN disse que apoiaria o candidato que o prefeito determinasse, o secretário de Educação do município é o comandante do PTN e está na candidatura de ACM Neto. O PSC também tem cargos no governo de João Henrique. Os vereadores do PMDB também participam do governo João Henrique. O prefeito, pelo que, eu sei não tem candidato.

Tribuna – Como o senhor vai se comportar diante da gestão do prefeito? Vai apontar falhas?
Pelegrino – A nossa campanha vai dialogar com a cidade, com o sentimento da cidade. A cidade quer mudança, a cidade quer mudança na situação em que se encontra. E nós vamos apresentar alternativas para mudar essa realidade. Isso é uma coisa que está muito clara. Nossa campanha, nossa candidatura foi de ruptura com a situação atual e de construção alternativa a essa situação.

Tribuna – Existe expectativa da vinda do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff? Eles vão reforçar sua campanha?
Pelegrino – Com certeza. Já foram convidados agora no dia 30 para participar de uma reunião com ele, vou estar às 7h da manhã lá em São Paulo, com os principais candidatos do partido e, não tenho nenhuma dúvida, que o presidente Lula vai estar na campanha. A presidente Dilma também.

Colaboraram: Fernanda Chagas e Fernando Duarte

Entrevista publicada originalmente no jornal Tribuna da Bahia

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