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Samba Junino é considerado Patrimônio Cultural de Salvador

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O Samba Junino passa a ser considerado Patrimônio Cultural de Salvador, conforme Decreto 29.489/2018, com publicação no Diário Oficial do Município (DOM), nº 7.043, Ano XXX, página 3, de 08/02/2018. A solenidade em comemoração a esse reconhecimento acontece na terça-feira (20), às 17h, no Espaço Cultural da Barroquinha, onde a Fundação Gregório de Mattos lança o edital Prêmio Samba Junino, que contemplará propostas voltadas à salvaguarda do Samba Junino, de acordo as diretrizes de política cultural do município, bem como ao Registro Especial do Samba Junino como Patrimônio Cultural de Salvador.

 

Conforme a Lei 8.550/2014, o Registro Especial é aplicado aos bens culturais de natureza imaterial, inclusive aqueles comumente designados como eventos, passíveis de verificação no plano material por suas práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, modos de fazer e instrumentos, objetos, artefatos e lugares associados. O registro funciona para o patrimônio imaterial como o tombamento para o patrimônio físico.

 

A FGM iniciou o processo de registro do Samba Junino como Patrimônio Imaterial de Salvador em 19 de junho de 2016. Com essa ação, além de valorizar o trabalho dos músicos e seus grupos, a Fundação colabora com o reconhecimento e organização desse movimento cultural.

 

De acordo com pesquisas realizadas pela Gerente de Patrimônio Cultural da FGM, Magnair Barbosa, o Samba Junino surgiu em torno das casas de candomblé de Salvador, no bojo da religiosidade popular, presente nos terreiros e em muitas festividades de matriz africana nas festas de caboclo, iniciando suas manifestações nas queimas de Judas e encerrando no Dois de Julho, inclusive na sequência das rezas direcionadas aos santos juninos – Santo Antônio, São João e São Pedro. Representa, então, uma expressão cultural genuinamente soteropolitana, marcado pela rítmica do samba duro, disseminada há pelo menos 40 anos em diversos bairros de Salvador. Serviu como base para o surgimento de estilos musicais contemporâneos como o pagode baiano, projetando muitos artistas conhecidos do grande público como Tatau, Reinaldo, Ninha e Márcio Victor.

 

Hoje, existem muitos grupos que representam o Samba Junino espalhados na cidade. Os bairros tradicionais, que realizam os festejos são: Engenho Velho de Brotas, Engenho Velho da Federação, Federação, Fazenda Garcia, Tororó e Nordeste de Amaralina.

 

Edital Prêmio Samba Junino


O Prêmio visa contemplar 06 (seis) propostas que incentivem o fortalecimento, a manutenção e dinamização do Samba Junino no município de Salvador, além das suas formas de produção e reprodução, através da realização de ensaios, festivais, concursos, apresentações, “arrastões”, entre outras, no período junino, através de um aporte financeiro no valor de R$ 30 mil para cada projeto selecionado.

 

Conforme descrito no edital, serão priorizadas as propostas oriundas de grupos, federações, entidades e coletivos de Samba Junino, a serem realizadas nos bairros onde tradicionalmente já acontece a manifestação dessa expressão cultural, em conformidade com o Decreto 29.489/2018

 

O período de execução dos projetos, incluindo a fase de pré-produção, será entre 01 de junho de 2018 e 31 de julho de 2018.


As inscrições podem ser feitas a partir do dia 19/02 até 04/04, pelo endereço eletrônico: www.premiosambajunino.salvador.ba.gov.br.

SERVIÇO


O que: Solenidade de reconhecimento do Samba Junino como Patrimônio Cultural de Salvador e lançamento do edital Prêmio Samba Junino

Quando: 20/02, às 17h                           

Local: Espaço Cultural da Barroquinha

Foto: Gillucci Augusto

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