Aldeia Nagô
Facebook Facebook Instagram WhatsApp

Sobre ser baiana/soteropolitina no Rio de Janeiro…Por Lumena Aleluia

2 minutos de leituraModo Leitura
Lumena_Aleluia

Vai fazer 3 anos que cheguei no RJ e lá se vão alguns muitos embarques e desembarques entre BA-RJ. É nesse momento que reflito, e agora? Vc quer a Bahia ou RJ Lumena Aleluia?

Lembro que era sexta feira, uma das primeiras sextas feiras de RJ, eu fiz oq? escolhi minha roupa branca, coloquei meu turbante e fui…foi difícil não encontrar os pares, mas superei.

Lembro que eu já tava em abstinência de acarajé…encontrei uma baiana, tirei uma nota de 5 reais e ainda inocente falei “pouca pimenta e com camarão por favor”, a baiana olha pra mim e sinaliza “minha nega tá faltando 5, prq com camarão é 10” 
– Purrannn…eu acostumada a comer acarajé de 2 reais, 3 reais com camarão e com 5 reais ainda pegava aquele copinho de coca cola fiquei sem chão, mas superei.

Lembro que já falei que fui de metrô pra madureira, eai me sinalizaram “Não Lu, vc foi de trem” aprendizado importante in my life.
É massa quando alguém se identifica com a sua cidade.

Tive lindas oportunidades de ouvir muitos relatos de amor d@s cariocas pela Bahia, assim como de receber muito amor por ter vindo da Bahia. Lembro que em meio a falas estereotipas tive a oportunidade de refletir junto, sobre estereótipos e estigmas de uma identidade naturalizada do “ser baian@”

Sofro quando sei que não vou encontrar um pagodão pra descer na quebradeira, mas fico feliz quando sei que tem um baile charme, que tem uma roda de samba ou um esquema de maracatu pra ir.

Sofro quando sei que não vou poder ouvir o Ilê Aiyê na senzala do barro preto, mas fico feliz quando as bandas e os blocos do RJ incluem em seu repertório as músicas da Bahia e eu posso colocar meu corpo em dança e conexão.

São estruturantes os momentos que partilho com amig@s, tb baian@s sobre as saudades, os esquemas soteropolitanos, a próxima viagem agendada para Salvador e terminamos a conversa fazendo um pagodão com palmas e swingão…

Enfim, as narrativas são muitas…só sei que sou muito acolhida no RJ, mas chegar em Salvador é barril dobrado de emoção

Tô nas áreas, de novo.
Foto: Pedro Lobo -Bloco Agytoê

A imagem pode conter: 1 pessoa, close-up
Compartilhar:

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *