Uma primavera negra por Zuggi Almeida
A brisa da primavera chega trazendo boas novas para o mundo da cultura negra, mas, específico da Bahia.
O casal global Lázaro Ramos e Taís Araújo estava entre os homenageados no MIPAD – Most Influential People of African Descent, em Nova York, dia 26 passado.
O evento destacou personalidades africanas e da diáspora com menos de 40 anos e que atuam nos campos da política. negócios, comunicação e ações sociais humanitárias. A empreendedora paulista Adriana Barbosa e criadora da Feira Preta, também foi uma das homenageadas.
A série franco-brasileira Crime Time protagonizada pelo ator baiano Érico Brás foi indicada para concorrer ao Emmy Internacional, maior premiação da televisão mundial.
A atriz do Bando de Teatro Olodum Valdinéia Soriano ganhou o prêmio de melhor atriz, no Festival de Brasília com o filme baiano Café com Canela dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio.
A design Goya Lopes ocupa os espaços do Museu Fowler da Universidade da California com a exposição ” O poder da arte em uma metrópole afro-brasileira”. A mostra conta com a trilha sonora do mestre Mateus Aleluia.
Em Salvador, a relações públicas Renata Dias assumiu a direção geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia -FUNCEB.
A mais recente ocupação da gestão cultural no estado deu-se com a nomeação da professora e atriz Arany Santana como Secretária de Cultura, em substituição ao professor Jorge Portugal que solicitou afastamento do cargo.
O protagonismo no mundo da cultura traz consigo a responsabilidade e gera cobranças imediatas por conta das angústias. O passivo cultural trorna-se empecilho para implantação de uma política macro de planejamento com resultados adquiridos a médio e longo prazo. O futuro é hoje.
Esses são alguns dos desafios que serão encontrados por Arany Santana e Renata Dias que devem primar pela coerência em dar prosseguimento as acões gestadas pelo ex-secretário Portugal e por um orçamento já estabelecido.
Um estado que possui 52% de eleitores do sexo feminino ainda não contempla a proporcionalidade na representação de gênero nas empresas públicas ou privadas. Arany e Renata representam a transformação desses paradigmas enfrentados por mulheres, sobretudo as negras.
O feminino da cultura e da primavera contam a favor da secretária e da diretora para reafirmar o quanto são capazes de promover uma política plural num mundo diverso.
Arany, Goya, Renata, Glenda, Lázaro,Valdinéia, Adriana, Érico e Taís, vejo flores em tod@s vocês.