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Aldeia Nagô
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Xadrez do segundo tempo de 8 de janeiro e o New Deal de Lula, por Luís Nassif

5 - 6 minutos de leituraModo Leitura
Luis_Nassif3

Monto esse Xadrez com a ajuda inestimável do Luiz Melchert, na identificação da estratégia bolsonarista.

Há inúmeras semelhanças com a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Essa semelhança pode ser sintetizada em três eixos.

Eixo 1 – Bolsonaro se abrigando no seu bunker

Na intentona de 8 de janeiro, Bolsonaro abrigou-se, antecipadamente, no seu bunker em Orlando. Agora, se abriga em um hospital. Na condição de paciente, pode receber visita de todos seus filhos, do governador paulista Tarcísio de Freitas e de envolvidos no 8 de janeiro, sem ser incomodado.

Efeito 2 – a operação de Fakenews

No pré-8 de janeiro, foi a campanha articulada contra as urnas eletrônicas. Agora, é a mesma estrutura de Fakenews contra a suposta incapacidade dos governos em enfrentar o problema. Desligitamam o governo, dão a entender que o povo é dono do seu próprio destino e, por trás desse discurso, a figura do bolsonarismo.

Os personagens centrais da atual onda são todos bolsonaristas: Pablo Marçal, Nego Di, Eduardo Bolsonaro, Senador Cleitinho, governador Jorginho Mello, Nikolas Ferreira, Gayer. É significativo que a primeira fake de Pablo Marçal tenha sido endereçado a Eduardo Bolsonaro. Aliás, hoje é a figura central do discurso de ódio, um mitômano com milhões de seguidores.

O prefeito de Farroupilha – perfeito idiota de novela de Dias Gomes – escancarou o jogo na tentativa de armação em cima do Secretário de Comunicação de Lula, Paulo Pimenta.

Efeito 3 – a teoria do choque

É óbvio que há um comando central, o mesmo de 8 de janeiro. Tenta-se reeditar parcialmente a estratégia da “teoria do choque” – desenvolvida na Universidade de Chicago de Milton Friedman.

Na economia, a teoria do choque se refere à ideia de que a implementação rápida e radical de reformas econômicas, mesmo que dolorosas no curto prazo, pode levar a um crescimento econômico de longo prazo. Essa teoria foi popularizada pelo economista Milton Friedman e tem sido aplicada em vários países, incluindo o Chile e a Polônia. É chamada de teoria do choque porque é implementada em situações de choque – político, desastres naturais -, em que há espaço para desestabilização das instituições.

Foi o que ocorreu no Brasil no pós-impeachment, reeditando o que ocorreu em várias regiões dos Estados Unidos, após o furacão Katrina. Houve a privatização selvagem dos serviços públicos, deslocamento de populações, impacto desproporcional sobre comunidades marginalizadas, tudo isso na esteira da desorganização que tomou conta das regiões afetadas e da desmoralização da ação pública.

O cenário dos conspiradores é relativamente óbvio:

  1. A tragédia do Rio Grande do Sul terá longa duração. À medida em que o tempo passe, aumentará a revolta contra a incapacidade do Estado brasileiro em administrar a crise na velocidade exigida pelas vítimas. Pela complexidade do problema, haverá problemas em qualquer nível de eficácia que o governo demonstre.
  2. Ao mesmo tempo, haverá impactos severos sobre a economia, acabando com a fantasia do déficit zero e abrindo espaço de conflito com o mercado.
  3. A economia real será afetada pelo impacto sobre a safra e a economia gaúcha.

Em suma, haverá meses de turbulências pela frente, com impacto no mercado e na macroeconomia, discussão sobre a distribuição da ajuda. Enfim, um pandemônio que jogará pela janela toda a tentativa de normalizar o dia a dia da economia e da política.

E, aí, entra em cena o modelo do New Deal.

Efeito 4 – o modelo do New Deal

A crise de 1929 inspirou o New Deal, de Franklin Delano Roosevelt. A base do plano foi a criação de um sentimento de união nacional, inclusive utilizando os novos meios de comunicação (das rádios, com programas diários de Roosevelt, aos filmes de Frank Capra), e obras públicas com o intuito de gerar empregos e renda.

A campanha de ódio – que tem no mitômano Pablo Marçal a peça central – visa impedir essa solidariedade. É relevante observar que um dos alvos dos ataques são as Forças Armadas envolvidas na operação.

O desafio do governo será em duas frentes:

  1. Frente política.

Montar um plano eficiente de promoção da solidariedade, recorrendo a artistas populares, influenciadores, lideranças civis empresariais e de. movimentos sociais.

  1. Plano de recuperação

O segundo desafio será um plano de ação eficiente para coordenar a recuperação do Rio Grande do Sul.

O New Deal criou vários mecanismos de coordenação:

  • Criação de novas agências governamentais: O New Deal criou uma série de novas agências governamentais, como a National Labor Relations Board (NLRB), a Federal Housing Administration (FHA) e a Works Progress Administration (WPA). Essas agências foram responsáveis por implementar os programas e políticas do New Deal.
  • Conselhos de assessoria: O presidente Roosevelt criou uma série de conselhos de assessoria para fornecer conselhos sobre questões econômicas e sociais. Esses conselhos incluíam o Council of Economic Advisers (CEA), o National Recovery Administration (NRA) e o Agricultural Adjustment Administration (AAA).
  • Cooperação intergovernamental: O governo federal cooperou com os governos estaduais e locais para implementar os programas do New Deal. Isso foi feito por meio de doações federais, acordos de compartilhamento de custos e outras formas de assistência.
  • Relações com o setor privado: O governo federal também trabalhou com o setor privado para implementar os programas do New Deal. Isso foi feito por meio de regulamentações, incentivos fiscais e outras formas de cooperação.
  • Comunicação pública: O governo Roosevelt usou uma variedade de ferramentas de comunicação pública para promover o New Deal e explicar seus objetivos ao público americano. Isso incluiu discursos de rádio, conferências de imprensa e materiais informativos.

Os especialistas atribuem o sucesso do New Deal aos seguintes fatores:

  • Liderança forte: O presidente Roosevelt forneceu uma liderança forte e visionária para o New Deal. Ele foi capaz de articular uma visão clara para o país e mobilizar o apoio do público e do Congresso para seus programas.
  • Pragmatismo: O governo Roosevelt estava disposto a experimentar novas ideias e programas para lidar com a crise. Essa flexibilidade foi essencial para o sucesso do New Deal.
  • Compromisso com a justiça social: O New Deal estava comprometido com a promoção da justiça social e da igualdade de oportunidades para todos os americanos. Isso se refletiu em programas como a Social Security e a Fair Labor Standards Act.

Para o bem ou para o mal – espera-se que para o bem – o governo Lula começará agora.

Artigo publicado originalmente no jornalggn.com.br

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